quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A mensagem do Menino no presépio....

Nesta noite em que celebramos o nascimento de Jesus era importante que nós questionassemos se entendemos a mensagem do presépio, ou da manjedoura…mais do que olharmos apenas o presépio é preciso perguntarmos se não andamos há tanto tempo a olhá-lo sem que o entendamos…será que já alguma vez nos colocámos diante do presépio e perguntamos: “ o que será que Jesus nos quer dizer com isto?”
"Inicia a sua comunicação mostrando uma nota de € 50,00 novinha. Pergunta à assistência :“Quem quizer esta nota de € 50,00, levante o braço”Unanimidade na assembleia, todos ergueram o braço...Então disse: " Esta nota será de um de vocês hoje, mas antes de a entregar ao feliz contemplado,deixem-me fazer isto..."Então, amassou a nota nas mãos. E perguntou outra vez:“Alguém ainda quer esta nota?"Todos levantaram novamente o braço...E continuou:"E se eu fizer isto ?..."Atirou a nota ao chão e pisou-a vigorosamente. Depois, apanhou a nota do chão, suja e amassada e perguntou: "E agora?...“Alguém ainda vai querer esta nota de € 50,00”? Todas os braços se voltaram a levantar. Voltou-se para a assembleia e disse isto merece uma explicação: "Não importa o que eu faça com esta nota, vocês continuarão a querer este dinheiro, porque a nota não perde o seu valor. Esta situação também acontece connosco... Muitas vezes nas nossas vidas somos amassados, pisados e ficamo-nos a sentir diminuídos e sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa !... Nada disso altera a importância que temos!... O valor das nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas, pelo que fazemos e somos” Podiamos imaginar Maria, José à procura de um sitio para ficar naquela noite…e os nãos que receberam…sentiram-se amassados, pisados diminuidos mas isso em nada alterou a sua importância! Jesus o Filho de Deus não teve lugar senão numa manjedoura…por isso Ele grita-nos do Presépio nós valemos pelo que somos… Precisamos de olhar com olhos de ver a palavra de Deus: “«Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura”… “ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz…”
Ás vezes olhamos á nossa volta e só vemos coisas más…
No nosso dia-a-dia precisamos de saber olhar para a frente. Apesar das dificuldades, apesar de às vezes nos sentirmos reduzidos, rebaixados…Dizia o salmo: “ Cantai um cântico novo…hoje nasceu-vos um Salvador…”
Nesse menino de Belém, Deus grita-nos a radicalidade do seu amor por nós.
Porque para Deus nós somos muito importantes.
Pensemos agora nas “testemunhas” do nascimento: os pastores. Trata-se de gente considerada violenta e marginal, que invadia com os rebanhos as propriedades alheias e que tinha fama de se apropriar da lã, do leite e das crias dos rebanhos. Os pastores eram, com frequência, colocados ao lado dos publicanos e dos cobradores de impostos, todos incapazes de reconhecer a quem tinham prejudicado e, portanto, incapazes de oferecer uma reparação. Lucas coloca, precisamente, estes marginais como as “testemunhas” que acolhem a chegada de Jesus ao mundo. É para estes pecadores e marginalizados que a chegada de Jesus é uma “boa notícia”, recebida com alegria: chegou a salvação/libertação; a partir de agora os pobres, os débeis, os marginalizados e os pecadores são convidados a integrar essa comunidade dos filhos amados de Deus. Sugere-se que Deus não os rejeita nem marginaliza, mas quer apresentar-lhes uma proposta de salvação que os leve a integrar a comunidade da Nova Aliança, a comunidade do Reino. Eles, os pastores são muito importantes…
Pensem comigo e procurem na vossa memória:
1 – O nome das 5 pessoas mais ricas do mundo. Não sei…
2 – O nome das 5 últimas vencedoras do concurso Miss Universo.TB
3 – O nome de 10 vencedores do prémio Nobel.
4 – O nome dos 5 últimos vencedores do Óscar para o melhor actor.
Então? Difícil, não?... Não nos lembramos???... Não se preocupem. Nenhum de nós se lembrará dos melhores de ontem. Os aplausos valem no momento! Os troféus enchem-se de pó! Os laureados são esquecidos!Agora,façam o seguinte :
1 – O nome de 3 professores que contribuiram para a vossa formação.
2 – O nome de 3 amigos que já vos ajudaram em momentos difíceis.
3 - Pensem em algumas pessoas que já vos fizeram sentir “alguém especial”.
4 – O nome de 5 pessoas que compartilham do teu tempo.
E agora? A coisa já está a melhorar, não é verdade? As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, as que têm mais dinheiro, ou as que obtiveram os melhores prémios... São aquelas que se preocupam connosco, que cuidam de nós, aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado.
A presença libertadora de Jesus neste mundo é uma “boa notícia” que devia encher de felicidade os pobres, os débeis, os marginalizados, e dizer-lhes que Deus veio ao seu encontro para lhes propor a salvação/libertação. É essa a proposta que nós, os seguidores de Jesus, passamos ao mundo? Nós, Igreja, não estaremos demasiado ocupados a discutir questões laterais (poderiam abundar exemplos…), esquecendo o essencial (o anúncio libertador aos pobres)?

Ps. Com votos de um santo e feliz Natal...porque para Deus nós somos muito importantes...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

IV Domingo do Advento...

Ás vezes nós não temos esta capacidade de olhar para os outros, de estarmos atentos aos outros, de partilharmos com os outros o que temos em abundância e construirmos o reino de paz e amor…

As duas vizinhas e o reino de paz e amor

Alguém contava que havia duas vizinhas que viviam sempre em pé de guerra. Não podiam encontrar-se na rua que era discussão na certa.
Um dia depois de terem ido á missa em que o padre falava do reino de paz e amor em que todos partilhavam o que tinham em abundância…a Dona Maria decidiu falar com a Dona Laurinda.
Um dia encontrarem-se na rua, muito humildemente, disse dona Maria: -“ Ó Dona Laurinda, já há anos que andamos zangadas e sem nenhum motivo aparente. Eu proponho que façamos as pazes e vivamos nesse reino de paz e amor que o senhor padre falou no Domingo”.
A Dona Laurinda, estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando... “- Essa dona Maria não me engana, ela quer preparar alguma e eu não vou deixar. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reacção”.
Chegou a casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca. E pensava: "Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse 'maravilhoso' presente. ". Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente".
Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou. Pensou: “- Que ela está a propor com isso? Não quererá fazer as pazes? Bem….vou esquecer”. Algum tempo depois dona Laurinda atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.
Pensou: - “É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me arranjou?”
Qual não foi a sua surpresa, ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem: "Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. Que bom este reino de paz e amor…Afinal, o padre tinha razão, cada um dá o que tem em abundância na sua vida".
Depois de tudo isto…era importante perguntarmos: De que maneira procuramos nós construir esse reino de paz e amor?
Maria deu-nos um exemplo….e nós não podemos esquecer que cada um dá o que tem em abundância na sua vida.

III Domingo do Advento...

“Que devemos fazer?” Esta questão é posta três vezes a João Baptista, pelas multidões, pelos publicanos, pelos soldados. João não parece ser muito exigente nas respostas. Nada de extraordinário. Não pede para saírem do real das suas vidas. Por exemplo, exorta as multidões à partilha com os mais pobres. Hoje, dir-nos-ia para transformarmos a festa comercial do Natal numa ocasião de partilha mais generosa. A atenção ao dia-a-dia sugerir-nos-á como partilhar! Não são necessárias coisas extraordinárias. Basta deixar iluminar pela Boa Nova de Jesus a nossa vida de todos os dias…

O Imperador Chinês
Alguém contava que um imperador chinês, fora avisado a respeito de uma revolta que se desenvolvia numa das províncias do seu império, disse aos ministros do seu governo e aos chefe militares que o cercavam:
- Vamos. Sigam-me. Destruirei os meus inimigos imediatamente.
Quando chegaram ao local, o imperador tratou-os com tanta brandura e amabilidade que, em gratidão, todos se submeteram a ele voluntariamente.
Os que acompanharam o imperador pensavam que ele a iria ordenar a execução de todos os rebeldes, mas ficaram surpreendidos ao vê-lo tratando-os com tanto carinho e afecto. O primeiro-ministro, intrigado com a atitude do imperador, perguntou:
- É desta forma que Vossa Excelência cumpre sempre a sua ameaça? Não nos disse no início que viríamos aqui para vê-lo destruir os seus inimigos? E prosseguiu:
- Ora, a única atitude que tomou foi a de amnistiá-los com um gesto humanitário... Estamos todos estarrecidos com o perdão, sobretudo, com o carinho que premiou a cada um dos revoltosos.
Depois de ouvir atenciosamente a censura do seu ministro e ainda outras tantas críticas feitas pelos demais auxiliares, o imperador, sereno e tranquilo, com ar de generosidade, disse-lhes:
- Sim, lembro-me que prometi solene e decididamente destruir todos os meus inimigos. Mas agora eu pergunto: vêem aqui algum inimigo meu? Certamente que não, pois todos ficámos amigos.
Essa é uma verdade sem contestação. Podemos destruir os inimigos pela força, pela violência, pela soberania. Entretanto, feito isto, não há dúvidas, muitos outros inimigos nascerão em face da atitude prepotente. Todavia, quando se procura ganhar um inimigo com gestos de amor, de compreensão e bondade, concerteza surgirão muitos outros amigos que, atraídos pela experiência vivida pelo semelhante, também se deixam transformar, seguindo o exemplo de amor e perdão em relação aos inimigos.
O amor provoca a própria conversão…
Podemos não ter nada para partilhar…mas temos muito para amar… O que renova o mundo e o transforma não é o medo, mas o amor.
Será que ainda somos capazes de perguntar: “ que devemos fazer?

II Domingo do Advento...

João Baptista, o último dos profetas da Antiga Aliança, é ao mesmo tempo o precursor do Salvador, prepara o caminho da sua vinda, convida os homens a preparar o seu coração para acolher Aquele que vem fazer novas todas as coisas, Aquele que vem mudar a paisagem do mundo e, sobretudo, o coração do homem.
Esta preparação deve ser antes demais apartir de cada um. Eu devo preparar o meu coração…

Alguém contava que num mosteiro um frade que se irritava com facilidade. O Superior chamou-o à atenção e ele desculpou-se:
-“ A culpa é dos outros. Eles fazem coisas que me irritam. Não os consigo suportar. Até já pensei em ir fazer a experiência de viver sozinho.”
O Superior concordou. E o frade foi viver sozinho numa cabana que havia na quinta do mosteiro.
No primeiro dia ele dizia para consigo:
-“ Agora é que eu me sinto em paz. Encontrei a alegria. Ninguém me chateia”.
No dia seguinte, ao ir buscar um balde de água ao poço, entornou o balde e disse: -“ Paciência”. Tirou novamente água e dirigiu-se para a cabana. Ao entrar voltou a entornar o balde. Irritado exclamou: -“ Maldição”.
Voltou ao poço, enche o balde pela terceira vez e regressou. Mas como estava nervoso, tropeçou e caiu com o balde. Da sua boca saíram vários palavrões seguidos. O Superior que estava perto abeirou-se a ajudá-lo a levantar e perguntou: -“ Não vi mais ninguém. Quem te chateou desta vez?”
Conseguiu chegar á conclusão que o defeito não estava nos outros mas em si próprio. Foi pedir perdão e começou por se corrigir a si mesmo, sem culpar mais ninguém.
Assim nós para melhor acolhermos o dom de Deus devemos em primeiro lugar mudar o nosso coração e depois ajudar a mudar o coração dos outros.




“ TODA A GENTE PENSA EM MUDAR A HUMANIDADE, MAS NINGUÉM PENSA EM MUDAR-SE A SI MESMO”.
(Leon Tolstoi)

I domingo advento...

Hoje somos convidados, como Jeremias a sermos profetas da esperança, a infundir coragem, a ajudar os irmãos a descobrir em todas as situações uma forma de recuperar e reconstruir a vida, quando tudo parece perdido. Diz o povo: “ Enquanto há vida…há esperança”.



Um homem investiu tudo o que tinha numa pequena oficina. Trabalhava dia e noite, inclusive, até dormia na própria oficina. Para poder continuar os negócios, empenha as próprias jóias da esposa.
Foi apresentar o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa. Dizem-lhe:” Temos pena, mas o seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido”. Que iria fazer este homem??? Desistir? Não!
Voltou à escola por mais dois anos, onde é gozado pelos colegas e até alguns professores que o chamam "visionário". O homem fica chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.
Vem a guerra, a sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo grande parte destruída. O homem desespera e desiste? Não! Reconstrói a fábrica, mas um terramoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!
Após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entra em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".
A encomenda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa nova invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a ideia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: Hoje a HONDA CORPORATION é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, o seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
Tudo isto por uma grande razão:” Enquanto há vida há esperança”.
“Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” – Quantas pessoas hoje caminham curvadas, desanimadas, pelo sofrimento, por terem perdido a esperança…a mulher abandonada pelo marido, os pais desiludidos com as opções dos filhos…O Advento é o tempo que prepara a libertação.
“ ERGUEI-VOS E LEVANTAI A CABEÇA”…

domingo, 1 de novembro de 2009

Todos os Santos...

“Os santos foram o que nós somos, e nós podemos ser o que eles são”.
(S. António M. Claret)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As três questões!!!

A atitude de serviço é o desafio que Jesus pede aos seus discípulos e aos cristãos de todos os tempos…mais do que pedirmos, bons lugares, como Tiago e João, precisamos de aprender a responder ás três questões.

Alguém contava que um discípulo se sentia intrigado com algumas questões. Queria ter respostas para elas. Foi ter com o mestre e colocou-lhe as três questões: Qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?
O mestre respondeu-lhe:
- O lugar mais importante do mundo é aquele onde estás. O lugar onde moras, vives, cresces, trabalhas e actuas… é o mais importante do mundo. É ali que deves ser útil, prestativo e amigo, porque este é o teu lugar.
- A tarefa mais importante do mundo não é aquela que desejarias fazer, mas aquela que deves fazer. Por isso, pode ser que o teu trabalho não seja o mais agradável e bem pago do mundo, mas é aquele que te permite o próprio sustento e da tua família. É aquele que te permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de ti. É aquele que te permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade. Se tu não tens o que amas, o importante que ames o que tens. A tarefa mais pequena é importante. Se tu falhares, ninguém a executará em teu lugar, exactamente da forma e da maneira que tu o farias.
- E, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de ti, porque é ele que te possibilita a mais bela das virtudes: a caridade. A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade que ilumina. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.
O discípulo, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido.

Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido num país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, tivéssemos melhores oportunidades.
Outras vezes queixamo-nos do trabalho que fazemos todos os dias, das tarefas que temos, por achá-las muito ínfimas, sem importância.
Desejamos que determinadas pessoas, importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.
Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correcta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que precisamos à nossa volta. Precisamos de pensar nisto.

A verdadeira sabedoria...

O desafio que nos é lançado é um convite a sabermos escolher a verdadeira sabedoria…







Alguém contava que havia um rei cuja sabedoria iluminava o país, cuja inteligência era ímpar, cujas riquezas eram incontáveis. Um dia um encarregado triste veio contar-lhe: - "Excelência, Vossa majestade é o homem mais sábio, maior e mais poderoso. Mas o que eu ouvia enquanto viajava pelo país? Em toda parte as pessoas vos elogiam, mas algumas pessoas falam muito mal de Vossa Majestade. Contam piadas e reclamam das vossas decisões sábias. Como é que pode existir tanta insubordinação no vosso reino?" O sultão sorriu e respondeu: "Como todos os homens do meu reino, tu sabes o que tenho feito por todos vós. Sete países estão sob meu controle. Sob meu governo, sete países alcançaram progresso e prosperidade. Em sete países, as pessoas amam-me por causa da minha justiça. Tu certamente tens razão. Posso fazer muita coisa. Posso mandar fechar os portões gigantescos das minhas cidades. Mas há uma coisa que não posso fazer. Não posso fechar a boca dos meus súbditos. Realmente, não é uma questão das coisas más que algumas pessoas dizem a meu respeito. O importante é que eu faça o bem."
A VERDADEIRA SABEDORIA É AQUELA QUE NOS AJUDA A FAZER O BEM…

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ANO SACERDOTAL???


Diz-se por aí que este ano pastoral tem um lema: ano sacerdotal.
Como outras vezes tem acontecido todos batemos palmas e achamos que está muito bem; é preciso redefinir a pessoa do sacerdote, é preciso ganhar consciência da crise vocacional, é necessário que peçamos “trabalhadores para a messe”…e por aí vai a consciência para este ano sacerdotal.
Fez-se um simpósio para o clero em Fátima e todos achamos óptimo porque se discutiram questões pertinentes: como o casamento dos padres; a homosexualidade dentro da Igreja; a ordenação de homens casados e de mulheres…ahh não estes temas serão só para o xxxLLL Simpósio…neste era o “ Dom que há em ti”…
É preciso coragem para assumir as coisas, depois de uma ano Paulino concordo que seria mais lógico um ano Petrino, mas este era casado tinha sogra, não dá jeito falar dele…então falemos de ano sacerdotal e para não levantar muito pó falemos de dentro para dentro, só entre nós…
Afinal esquecemos que o povo sacerdotal não é só e apenas composto por sacerdotes…recordem o que o sacerdote diz no dia do baptismo quando faz a unção depois do baptismo: “UNÇÃO DEPOIS DO BAPTISMO
Celebrante: Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que te libertou do pecado e te deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo, unge-te com o crisma da salvação, para que, reunido ao seu povo, permaneças, eternamente, membro de Cristo sacerdote, profeta e rei. Todos: Amen.”
Então a comunidade sacerdotal é mais alargada! E vamos viver este ano lembrando só e apenas os que receberam a ordenação sacerdotal ou seria outra coisa se celebrássemos o povo sacerdotal???

sábado, 12 de setembro de 2009

ser cristão....

Ser cristão é assumir tal como Jesus: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.”
Nós não podemos ser cristãos de um talvez, ou somos ou não somos…não podemos dizer sim a Cristo e passar as mãos nas costas do diabo…não podemos ser cristãos que ficam a olhar para trás, é preciso renunciar a si mesmo assumir a cruz e caminhar…mas o caminho é sempre para diante…


Um discípulo pergunta ao seu velho e sábio mestre:
- Como chegar ao amanhã?
E o velho sábio responde:
Primeiro, para chegar ao amanhã, é preciso querer chegar lá...
Em seguida, devemos escolher as pousadas aonde descansar e reflectir acerca do próximo caminho a percorrer.
Depois, a cada passo do caminho, perguntar o que fazer com as pedras encontradas na estrada, nas margens e no horizonte.
Manter o olhar alternadamente no futuro e a um metro dos pés e nunca ficar a olhar para trás....
Finalmente e sempre:
- sentir e caminhar, caminhar e sentir, sentir e caminhar...'
O verdadeiro cristão assume a cruz e olha para o futuro e a um metro dos pés e nunca fica a olhar para trás…

sábado, 8 de agosto de 2009

Quem acredita em Mim tem a vida eterna....

Acreditar e seguir Cristo, ser um Homem Novo implica, na perspectiva de Paulo, assumir uma nova atitude nas relações com os irmãos. O apóstolo chega a especificar que o azedume, a irritação, os rancores, os insultos, as violências, a má-língua, a inveja, os orgulhos mesquinhos devem ser totalmente banidos da vida dos cristãos. Esses “vícios” são manifestações do “homem velho” que não cabem na existência de um “filho de Deus”, cuja vida foi marcada com o selo do Espírito. É necessário que estejamos cientes desta realidade: quando na nossa vida pessoal ou comunitária nos deixamos levar pelo rancor, pelo ciúme, pelo ódio, pela violência, pela mesquinhez e magoamos os irmãos que nos rodeiam, estamos apenas a não aceitar o “pão” oferecido por Deus.
ACREDITAR É OLHAR PARA O OUTRO E VER NELE O ROSTO DE CRISTO …NÃO PODEMOS DIZER QUE ACREDITAMOS, E SÓ PORQUE O OUTRO NÃO SE VESTE COMO NÓS E O OLHAMOS DE FORMA DIFERENTE.

Alguém contava certa vez, fui a um banquete servido numa aldeia próxima. Todos estavam convidados. Mas quando o mestre-de-cerimónias me viu com umas roupas velhas colocou-me no pior lugar, longe da mesa grande onde os mais importantes estavam a ser servidos com todas as regalias.
Durante meia hora esperei calmamente. Percebi que o mestre-de-cerimónias nem sequer passava perto de mim. Então resolvi sair, fui até minha casa e vesti o meu fato mais bonito casaco e calças a combinar, com camisa e gravata. Assim adornado, voltei à festa.
Por causa da diferente vestimenta não fui reconhecido e logo fizeram soar as trombetas anunciando que alguém importante acabara de entrar. Após o anúncio fui conduzido pelo mestre-de cerimónias a um lugar ao lado do senhor da casa.
Logo que me sentei ofereceram-me uma imensa variedade de pratos, um mais bonito que o outro. Não me fiz de rogado. Servi-me e comecei a esfregar comida pelo fato.
Senti os olhares perplexos dos convidados. O senhor da casa então comentou:
- Estou curioso quanto a esse seu costume à mesa. É inteiramente novo para mim.
Respondi prontamente:
- Não é nada demais. O fato fez-me chegar até aqui. O senhor não acha justo que ele coma a parte dele?

sábado, 11 de julho de 2009

Disponivel para evangelizar...

O desapego é também um não arrastar consigo ideias e preconceitos, tradi¬ções, convicções retrógradas, a que se está ligado de maneira fre¬quentemente emotiva e irracional. Basta pensar, por exemplo, no peso que representam certos costumes, hábitos, práticas devocionais, costumes religiosos ligados a um certo ambiente histórico e cultural e por muitos confundidos e equiparados ao Evangelho. Cada vez mais eu tenho de me questionar não á quantidade das coisas que faço, mas á qualidade…não interessa rezar dez terços num dia…será que rezei um bem rezado? Não interessa ir a duas missas, se não estive em nenhuma delas com cabeça tronco e membros…

Alguém contava que um dia uma senhora teve uma visão com um anjo de Deus… e ela pedia para Deus a deixar viver até aos cem anos, se Deus a deixasse viver ela iria a todas as missas que pudesse e para puderem contabilizar no céu as missas concordaram que por cada uma fosse colocado num saco uma pedrinha.
Passados uns anos e mal a senhora completou os 100 anos faleceu.
No céu ela começa a dizer: “ Obrigado Senhor porque cumpriste com a Tua Palavra e eu também cumpri com a minha. Durante a vida fui a todas as missas que pude; cheguei a estar em 3 por dia…deves ter aí vários sacos cheios de pedrinhas…”
O Senhor respondeu-lhe: “ Minha Filha Eu tive foi pena de ti…aqui tens o teu saco com cinco pedrinhas apenas…é verdade que foste a muitas missas…mas estar e rezar e celebrá-las como deve ser…podemos contar estas cinco…”

Era bom que nós nos questionássemos até que ponto nos sentimos desprendidos de ideias e preconceitos, tradições e convicções retrógradas…até que ponto queremos de facto receber a boa nova de Jesus para que o pó das sandálias dos discípulos não caia sobre nós…Eu sinto-me livre e desprendido para poder anunciar o evangelho?

sábado, 4 de julho de 2009

Como julgamos os outros???


Para os habitantes de Nazaré Jesus era apenas “o carpinteiro” da terra, que nunca tinha estudado com grandes mestres e que tinha uma família conhecida de todos, que não se distinguia em nada das outras famílias que habitavam na vila; por isso, não estavam dispostos a conceder que esse Jesus – perfeitamente conhecido, julgado e catalogado – lhes trouxesse qualquer coisa de novo e de diferente… Isto deve fazer-nos pensar nos preconceitos com que, por vezes, abordamos os nossos irmãos, os julgamos, os catalogamos e etiquetamos…No nosso dia-a-dia gostamos tanto de falar dos outros, de apontar os erros dos outros, de ver o que os outros fazem de mal, de apontar o dedo, de criticar a maneira como falam e a sua forma de agir… Seremos sempre justos na forma como julgamos os outros? Por vezes, os nossos preconceitos não nos impedirão de acolher o irmão e a riqueza que Ele nos traz? E nós?


Alguém contava que dois Monges ao regressar ao mosteiro passavam por um local em que havia um pequeno riacho com uma corrente muito forte. Uma mulher tentava atravessar o rio mas não conseguia.
Um dos Monges ofereceu-se para ajudá-la, e pondo-a sobre seus ombros, atravessou-a para o outro lado.
Feito sua obra de caridade e já voltando para o mosteiro o companheiro disse:
- Vou contar aos irmãos do mosteiro que tu tocaste numa mulher, e sabes que não podes.
- O que é isso caro amigo, fiz apenas um favor aquela mulher.
- Mas, tu sabes que nós Monges não podemos tocar em mulheres, portanto, tu pecaste!
- Eu pergunto qual é o pecado? Perguntou o Monge acusado.
- Se é o que eu fiz levando-a sobre os ombros, até o outro lado do rio, ou o que tu fazes, eu deixei-a lá atrás e tu ainda a trazes na tua cabeça.


Nós somos mais rápidos em julgar os outros que a nós próprios…para os habitantes de Nazaré Jesus não podia ser grande coisa, conheciam-Lhe a família e devido aos seus preconceitos não pode ali ensinar…
Também nós ás vezes devido aos nossos preconceitos, pensamos saber tudo e fechamo-nos ao velho ensinamento popular: “ Estamos sempre a prender”…

sábado, 27 de junho de 2009

"TALITHA KUM"...


“ A tua fé te salvou” (Evangelho) deve ser para nós uma certeza em todos os momentos de desânimo, na certeza de que acreditamos neste Deus de amor e de paz. O “Talitha Kum” é Jesus que nos pega pela mão a dizer: “ Levanta-te e anda…continua sempre em frente, não desistas…
Alguém contava que um famoso compositor e pianista, estava programado para apresentar-se num grande salão de concertos. Era uma noite inesquecível – smokings e vestidos longos, uma ostentação do alto gabarito. Presente na platéia naquela noite estava uma mãe acompanhada de seu inquieto filho de nove anos. Cansado de esperar, o filho mexia-se constantemente na cadeira. A mãe tinha esperança de que ele se animasse a estudar piano ao ouvir aquele famoso pianista a tocar. Mesmo contra vontade, o menino estava ali. Enquanto ela se virou para conversar com alguns amigos, o menino desistiu de ficar sentado. Afastou-se dela estranhamente atraído pelo enorme piano e pelo macio banco de couro instalados no imenso palco, cujas inúmeras lâmpadas acesas chegavam a ofuscar os olhos. Sem atrair a atenção da requintada plateia, o menino sentou-se no banco, com os olhos arregalados diante das teclas brancas e pretas. Em seguida, colocou seus dedos pequenos e trémulos nas teclas certas e começou a tocar uma música simples. Na plateia fez-se silêncio, e centenas de rostos carrancudos voltaram-se em direcção ao garoto. Logo irritadas, as pessoas começaram a gritar:"Tirem o garoto daí! Quem trouxe esse traquina para aqui?"‘Onde está mãe dele?""Mandem o garoto parar!"
Dos bastidores, o mestre ouviu a gritaria e pôs-se a imaginar o que estaria acontecendo. Apressado, ele pegou na sua casaca e correu para o palco. Sem dizer uma só palavra, curvou-se sobre o garoto, passou os braços ao redor dele e começou a improvisar uma música que se harmonizava com aquela simples musica que o garoto tocava. Enquanto os dois tocavam, o famoso pianista sussurrava ao ouvido do garoto:
- Continua. Não desistas. Continua a tocar... não pares... não desistas.
O mesmo acontece connosco. Diante das coisas simples e por vezes mais complicadas da vida. E, quando estamos prontos para desistir, chega o Mestre, que se curva sobre nós e sussurra:
Continua... Não desistas. Vai em frente... não pares, não desistas, enquanto Ele improvisa a melhor maneira para nos ajudar.

Por isso na vida há sempre alguém ao nosso lado que precisa ouvir da boca de Jesus esta mensagem…e agora é pela nossa boca que o deve escutar…tenhamos a coragem de nos momentos mais difíceis conseguirmos dizer uns aos outros: “Talitha Kum, levanta a cabeça…não desistas”… aí é Jesus que fala aos outros através de nós…
TALITHA KUM…

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Se tiverdes Fé...


Na vida há momentos de prova para a nossa fé semelhantes ao da tormenta no lago, para os discípulos. Quando a tempestade nos açoita sem piedade, quando a Igreja de Cristo é perseguida, quando a dor nos visita insistentemente, como a Job, quando o mal triunfa e os valores como o bem e a virtude obscurecem, quando a pobreza, a des¬graça e a morte aparecem altivamente na nossa vida, quando, numa palavra, nos dói o silêncio de Deus que parece estar a «ti¬rar uma sesta», como Jesus na barca, então, surge a queixa nos nossos lá¬bios: «Senhor, não Te importas que nos afundemos?»
Se o nosso grito é oração, está bem. Mas se é desconfiança na Providência, dúvida e falta de fé, teremos que escutar a correc¬ção de Jesus: «Porque sois tão cobardes? Ainda não tendes fé?»
Ás vezes é muito importante perguntarmo-nos como enfrentamos as dificuldades…com força e coragem ou ás vezes partimos logo como uns derrotados…nem sequer nos esforçamos…

Alguém contava que um País estava em guerra. O general decidiu atacar. Apesar de ter apenas um soldado para cada dez inimigos, o general estava confiante de que venceria.
Quando seguiram para o combate, entraram num santuário para rezar. Logo que saíram, o gene¬ral disse ao seu exército:
— Vou atirar uma moeda ao ar. Se sair cara, ganha¬remos. Se sair croa, perderemos.
Atirou a moeda ao ar e saiu cara. A satisfação foi geral.
Os soldados partiram para o lugar de combate a cantar cânticos de vitória. E encheram-se de uma tal coragem e confiança que ganharam. Terminada a batalha, depois dos inimigos disper¬sarem, o general mostrou aos seus soldados a moeda que tinha lançado ao ar: tinha cara dos dois lados.
A vitória foi possível porque em cada soldado existia uma convicção interior de que a vitória era possível. Se iniciassem a luta com o sentimento negativo da derrota, certamente que perderiam.
O nosso pensamento positivo tem uma grande força. Necessitamos dele todos os dias para vencermos as pequenas e as grande batalhas da vida. Se iniciamos uma actividade já com a con¬vicção da derrota, seremos mesmo derrotados. Se a iniciamos com a audácia de vencer, será mais fácil alcançar a vitória.
Cada vez entendo melhor Mt. 21,20-22: “Em verdade vos digo: Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que Eu fiz a esta figueira, mas, se disserdes a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, assim acontecerá. Tudo quanto pedirdes com fé, na oração, haveis de recebê-lo”
Como está a minha fé?

sábado, 13 de junho de 2009

a semente em nós...


Em tempos de crise não podemos cruzar os braços e deixar que a crise tome conta de nós…

Alguém contava que um homem vivia á beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorros-quentes.
Colocava uns cartazes na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali gritando quando alguém passava: "Olha o cachorro-quente especial!!!"
E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsicha com qualidade, e acabou por construir uma mercearia. Com o dinheiro que ganhou pode mandar o filho estudar na Universidade e formou-se em Economia. Quando o filho se Doutorou, voltou a casa do Pai e viu que ele ainda vendia cachorros quentes disse: - "Pai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!"
Diante disso, o pai pensou:
- "Meu filho é Doutorado na universidade! Ouve rádio e lê jornais... portanto, deve saber o que está dizer!"
Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas e comprava de menor qualidade, deixou de colocar os cartazes na beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho:
- "Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!
Nós não podemos cruzar os braços…precisamos de deixar que a semente frutifique e devemos esforçar-nos para que ela frutifique ainda mais…

sábado, 6 de junho de 2009

Um Deus que é Amor...

Deus não é um ser solitário, que vive isolado, sem ninguém. Ele é comunhão, é família de três pessoas que se amam.
O Nosso deus não é um ser distante…ele está sempre connosco até ao fim dos tempos.
O nosso Deus não é um ser insensível, indiferente, despreocupado connosco. Ele alegra-se e sofre connosco, por isso quer que tenhamos a vida plena abundante e feliz…

O Nosso problema é um só: somos uns seres sempre insatisfeitos…ás vezes nada nos enche as medidas…os pais porque não têm os melhores filhos; os filhos porque não têm os melhores pais; os catequistas porque não têm os melhores catequizandos e os catequizandos porque não têm os melhores catequistas…o padre porque não tem os melhores paroquianos e os paroquianos porque não têm o melhor Pároco…vivemos sempre a queixar-nos…não sabemos olhar á nossa volta e reparar naquilo que Deus nos dá a cada momento…


Um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus. E dizia:
- Deus dá aos outros as riquezas, e a mim não dá coisa alguma. Como é que posso ser feliz nesta vida, sem possuir nada?
Um velho ouviu estas palavras e disse-lhe:
- Por acaso você é tão pobre quanto diz? Deus não lhe deu, porventura, saúde e juventude, vida?
- Não digo que não, até me orgulho bastante da minha força e da minha juventude.
O velho então pegou-lhe na mão direita do homem e perguntou-lhe:
- Deixe-me cortar esta mão por 5 mil euros?
- Nem por dez mil!
- E a esquerda?
- Também não!
- E por dez mil euros você ficaria cego por toda vida?
- Nem um olho daria por tal dinheiro!
- Veja - observou o velho - quanta riqueza Deus lhe deu e você ainda se queixa?
Foi quando o homem descontente se deu conta de que o velhote era completamente cego…
Hoje somos convidados…a contemplar este Deus Trindade que é amor e nos ama…e caminha connosco… e por tudo sabermos dizer: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

sábado, 30 de maio de 2009

Espirito Santo...o nosso esforço e a força do Mestre...

Jesus envia os discipulos mas fortalece-os..."Recebei o Espirito Santo"...como que a dizer..." A missão é possivel com o vosso esforço e a Minha força...como o Pai me enviou também Eu vos envio..."

Alguém contava que uma vez, Jesus e os seus apóstolos desceram do céu até ao mundo para ver como andavam as coisas.
Logo de início, viram um carro atolado num caminho de lama. Os bois puxavam, mas as suas patas não tinham onde se apoiar firmemente para puxar com força. O dono do carro, irritado, empurrava as rodas e dizia muitos palavrões. Tanto assim que os apóstolos propuseram a Jesus que castigasse esse homem de má-língua. Mas Jesus disse que não. Pelo contrário, aquele homem merecia que lhe dessem uma ajuda. E assim fizeram. Os apóstolos, com Jesus, ajudaram esse homem a tirar o carro da lama. Ele agradeceu e seguiu o seu caminho.
Mais adiante, Jesus e os apóstolos encontraram-se com outro carro metido num pântano. Mas neste caso o dono era muito piedoso. Em lugar de descer do carro e fazer como o outro, tinha-se ajoelhado lá dentro e a rezar a Deus, a Nossa Senhora e a todos os santos que o tirassem dessa situação angustiosa. Os apóstolos concordaram imediatamente em ajudá-lo. Mas Jesus proibiu-os dizendo-lhes:
— Deixai-o! Não o ajudem, pois não o merece. Os apóstolos ficaram surpreendidos por estas palavras. Um deles, Simão Pedro, aproximou-se de Jesus e disse-lhe:
— Desculpa, Senhor! Não quero desobedecer às tuas ordens, mas parece-me que houve aqui uma confusão. Não é justo termos ajudado aquele que dizia palavrões enquanto se esforçava por sair daquela situação, e nada fizemos por aquele que rezava confiadamente.
Jesus respondeu:
— Precisamente por isso. É certo que o homem dizia palavrões muito feios, mas da sua parte fazia tudo o que podia para sair daquela situação. Mas este pretende que sejamos nós a resolver o seu problema sem contribuir com nenhum esforço da sua parte. Que faça primeiro tudo o que puder e então nós o ajudaremos.
O primeiro homem, apesar de furioso, fez tudo o que podia para resolver a situação. O segundo, porém, esperava que Deus e os santos fizessem tudo.

Deus dá o seu Espírito de fortaleza a todos os que põem as suas energias na resolução dos problemas do mundo, a fim de o tornarem melhor. Com o nosso esforço e o Espírito de fortaleza que Deus nos dá podemos mudar o mundo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

E este o Meu mandamento: " Amai-vos..."

A certeza de que “Deus é amor” e que Ele nos ama com um amor sem limites, é o melhor caminho para derrubar as barreiras de indiferença, de egoísmo, de auto-suficiência, de orgulho que tantas vezes nos impedem de viver em comunhão com Deus.
É esse o caminho que Jesus propõe aos seus discípulos (“é este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”). É aqui que reside a “identidade” dos discípulos de Jesus… Os cristãos são aqueles que testemunham diante do mundo, com palavras e com gestos, que o mundo novo que Deus quer oferecer aos homens, se constrói através do amor.
Alguém contava que um homem de idade já bem avançada foi fazer um curativo à Clínica. Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava a enfermeira perguntou-lhe sobre qual o motivo da pressa. Ele disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá.
Disse que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzheimer. Enquanto lhe acabava de fazer o curativo, a enfermeira perguntei-lhe se ela não ficaria alarmada pelo facto de ele chegar mais tarde.
- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece?
Estranhando, perguntou -lhe:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhas?
Ele sorriu e dando uma palmadinha na mão da enfermeira, disse:
- É. Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei muito bem quem é ela.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... do que já não é..."
Por isso os cristãos são aqueles que testemunham diante do mundo, com palavras e com gestos, que o mundo novo que Deus quer oferecer aos homens, se constrói através do amor… mas do verdadeiro…

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Pastor Bom....


Todos nós temos as nossas figuras de referência, os nossos heróis: Dos cowboys lembro o Jonh Wayne, dos desenhos animados o Bell, o Tom Sawyer, Dartacão, os nossos Professores que nos marcaram, os nossos modelos desde o futebol ao cinema. É a uma figura desse tipo que, utilizando a imagem do Evangelho do 4º Domingo da Páscoa, poderíamos chamar o nosso “pastor”… É Ele que nos aponta caminhos, que nos dá segurança, que está ao nosso lado nos momentos de fragilidade, que condiciona as nossas opções, que é para nós uma espécie de modelo de vida. O Evangelho deste domingo diz-nos que, para o cristão, o “Pastor” por excelência é Cristo. É n’Ele que devemos confiar, é à volta d’Ele que nos devemos juntar, são as suas indicações e propostas que devemos seguir.
O nosso “Pastor” é, de facto, Cristo, ou temos outros “pastores” que nos arrastam e que são as referências fundamentais à volta das quais construímos a nossa existência? Quem condiciona a nossa maneira de ser? Agimos e pensamos segundo o que os outros dizem? O que é que nos conduz e condiciona as nossas opções: Jesus Cristo? As directrizes do chefe do departamento? A conta bancária? A voz da opinião pública? A perspectiva do presidente do partido? O comodismo e a instalação? O êxito e o triunfo profissional a qualquer custo? O herói mais giro da telenovela? O programa de maior audiência da Televisão?
O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-lo no caminho do amor e da entrega…porque ele conhece as ovelhas e elas conhecem-NO.

Hoje celebramos também o dia da mãe: ser mãe é tarefa nada fácil mas é também chamamento e missão, por isso hoje lembramos todas as mães e pedimos a Deus a Sua bênção.

Alguém contava que um garoto pobre, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que o embrulhe para presente.
- É para minha mãe - diz, com orgulho.
O dono da loja ficou comovido diante da simplicidade daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo. Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, indeciso, ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja. Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.
O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar. Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão. O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava seu conflito mental. Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e, muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe.
Quando conseguiu emprego, ela já havia falecido. O garoto, com aquele gesto, estava a deixar emocionado o dono da loja. Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete? Impaciente, ele perguntou:
- Senhor, está a faltar alguma coisa?
- Não - respondeu o dono da loja - é que, de repente, lembrei-me de minha mãe, que morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.
Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino:
- Nem um sabonete?
O homem calou-se. Pensou um pouco e desistiu da ideia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês, sem responder mais nada.
A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo tão pequeno e simples a sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra, e pensara em melhorar o presente daquele garoto. Comovido, entendeu que, naquele dia, tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!
E tu já ofereceste algum sabonete à tua Mãe????

sábado, 25 de abril de 2009

Onde encontramos Cristo Ressuscitado???

O testemunho e a universalidade da Salvação são a bagagem e a tarefa dos que acreditam em Jesus Ressuscitado: “ no nome do Messias serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém “
É assim que os seguidores de Cristo darão continuidade ao projecto de vida que Ele nos trouxe, anunciando a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações…
Como Testemunhas Cristo ressuscitado?
Como anuncias Cristo ressuscitado?
Como vives Cristo ressuscitado?
Onde encontramos Cristo ressuscitado???

São respostas que cada um terá de dar…

Alguém contava que havia um pequenito que queria se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, preparou a sua mochila com pastéis e Coca-Cola, e começou sua caminhada.
Depois de andar uns 3 quarteirões, encontrou um velhinho sentando num banco da praça que olhava os pássaros.
O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia beber um gole de Coca-Cola, quando olhou para o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel. O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.
O seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe a sua Coca-Cola. E mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava muito feliz!
Ficaram sentados ali a sorrir, comendo os pasteis e bebendo Coca-Cola durante toda a tarde se sem falarem grande coisa um com o outro…
Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de ir deu um grande abraço no velhinho. O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.
Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada na cara do pequenito: "O que fizeste hoje que te deixou tão feliz?"; Ele respondeu:"Passei a tarde com Deus" e acrescentou: "Sabes, mamã, ele tem o sorriso mais lindo que eu já vi."
Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e o filho perguntou: "Ó velho, onde esteve toda a tarde para chegares tão feliz?"
Ele respondeu:"Comi pastéis e bebi Coca-Cola no parque com Deus".
Antes que o filho pudesse dizer algo ele disse: "Sabes que ele é bem mais jovem do que eu pensava?"

Esta é a lição que cada um de nós precisa de descobrir…Cristo ressuscitado está na pessoa mais simples que eu encontro no meu dia-a-dia…no velhinho, no meu companheiro de trabalho, no meu vizinho rabugento…
Por isso é que nós somos testemunhas de todas estas coisas?

domingo, 12 de abril de 2009

Ressuscitou....



Ressuscitou...não está aqui...

ESTÁ EM MIM...EM TI...ESTÁ EM NÓS...


FELIZ RESSURREIÇÃO...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sexta Feira-Santa....

Podemos perguntar: será que entendemos a dor de uma mãe que vê tudo o que fizeram ao seu Filho e mesmo injustamente o mataram…que sentirá uma Mãe que vê a multidão a matar o Filho…que sentirá uma Mãe que vê o Filho morrer na cruz…que sentirá uma Mãe…estava a Mãe dolorosa (como cantamos)…a Mãe da dor e da saudade…
É uma típica tarde de sexta-feira e está a regressar a sua casa. Sintoniza o rádio. As notícias falam de coisas sem importância. Numa cidade pequena e distante morreram 3 pessoas de uma gripe até então, totalmente desconhecida. Não prestas atenção ao acontecimento.
Na segunda-feira quando acordas, escutas que já não são 3, mas 30.000, as pessoas mortas pela tal gripe, nas colinas remotas da Índia. Um grupo do Controle de Doenças dos EUA foram investigar o caso.
Na terça-feira, já é a noticia mais importante, está na primeira página de todos os jornais, porque já não é só na Índia, mas também no Paquistão, Irão e Afeganistão. Chamam a doença de "La Influenza Misteriosa" e todos perguntam: “Que faremos para controlá-la?” Então, uma notícia surpreende toda a gente. A Europa fecha as suas fronteiras…depois os EUA e o Japão. Mas um doente aparece num hospital da França. Começa o pânico... o vírus espalha-se por todo o mundo. As informações dizem que quando se contrai o vírus, em quatro dias de sofrimento, morre-se! O mundo todo assiste sem nada poder fazer… milhares de pessoas a morrer.... As igrejas começam a encher de fervorosos…multiplicam-se as orações a pedir a descoberta da cura, enquanto os cientistas continuam a trabalhar na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.
De repente, vem a notícia esperada: Conseguiram decifrar o código de ADN do vírus. É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus. Corre por todo o mundo a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise do seu sangue e doá-lo para a fabricação do antídoto.
Tu vais voluntário com a tua família…todos perguntam, o que acontecerá? Será este o fim do mundo? De repente o médico grita um nome... o teu filho mais novo está ao teu lado, agarra na tua camisa e diz-te: “Pai? Esse é o meu nome!” E antes que possa pensar, levam o teu filho e gritas: “Esperem!” E eles respondem: “Está tudo bem! O sangue dele está limpo, é sangue puro. Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto.”
Depois de 5 longos minutos, saem os médicos a chorar e a rir ao mesmo tempo. O médico mais velho aproxima-se e diz: “Obrigado senhor! O sangue do seu filho é perfeito, está limpo e puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado. A notícia espalha-se por todos os lados. As pessoas rezam e riem de felicidade.
Entretanto o médico aproxima-se de ti, e da tua esposa e diz: “Podemos falar um minuto? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que os senhores assinem uma autorização para usarmos o sangue do vosso filho.”
Começas a ler e percebes que não dizem qual a quantidade de sangue que vão usar e perguntas: “Qual a quantidade de sangue que vão usar?” O sorriso do médico desaparece e ele responde: “Não pensávamos que fosse uma criança. Não estamos preparados, precisamos de todo sangue do seu filho!”
Não podes acreditar no que ouves e começas a contestar: “Mas… mas...” – O médico insiste: “O senhor não compreende? Estamos a falar de uma cura para toda humanidade!!! Por favor, assinem! Nós precisamos do sangue todo. Assinem. Por favor, assinem!”
Em silêncio, e sem sentires a caneta na tua mão, assinas.
Perguntam: “Quereis ver o vosso filho?” Caminhas na direcção da sala de emergência onde se encontra o teu filho amado, sentado na cama e diz: “Papá!? Mamã!? O que está a acontecer?” Seguras-lhe a mão e dizes: “Filho, tua mãe e eu amamos-te muito e jamais permitiríamos que te acontecesse algo que não fosse necessário, entendes?” O médico regressa e diz: “Sinto muito senhor, precisamos começar, o mundo inteiro está a morrer... pode sair?” Ao saíres, o teu filho pergunta: “Papá? Mamã? Porque me abandonam?”
E na semana seguinte, quando fazem uma cerimónia para honrar o teu filho, algumas pessoas ficam em casa a dormir, outras não vêm porque preferem fazer um passeio ou ir ao futebol, ou ver televisão e outras vêm com um sorriso falso, como se realmente nem se importem, outras vêm mas só para ver como o pessoal vem vestido. Tens vontade de parar e gritar: “ O MEU FILHO MORREU POR VÓS!!! NÃO VOS IMPORTAIS COM ISSO? É ASSIM QUE AGRADECEIS?”
Se calhar agora posso perguntar: será que entendemos a dor de uma mãe que vê tudo o que fizeram ao seu Filho e mesmo injustamente o mataram…que sentirá uma Mãe que vê a multidão a matar o Filho…que sentirá uma Mãe que vê o Filho morrer na cruz…que sentirá uma Mãe…estava a Mãe dolorosa (como cantamos) …a Mãe da dor e da saudade…
Pensa: Podemos imaginar o coração de Maria???
Talvez isso é o que Maria nos diz agora: “ O MEU FILHO MORREU POR VÓS!!! NÃO SABEIS DAR VALOR?
E SE IMAGINARMOS MARIA A OLHAR O NOSSO COMPORTAMENTO QUANDO VAMOS HOMENAGEAR O FILHO (MISSA DOMINICAL)???
…Afinal com nós fazemos o mesmo…

domingo, 15 de março de 2009

Devora-me o zelo pela Tua casa...


Os homens do nosso tempo têm de ver no rosto dos cristãos o rosto bondoso e terno de Deus; têm de experimentar, nos gestos de partilha, de solidariedade, de serviço, de perdão dos cristãos, a vida nova de Deus; têm de encontrar, na preocupação dos cristãos com a justiça e com a paz, o anúncio desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens.
Por isso somos convidados a respeitar a casa do pai:
“ Devora-me o zelo pela tua casa”.
A casa do pai é casa de oração de encontro e não de negócio.
(O mestre mandou os discípulos rezar. No regresso um disse: “ Mestre enquanto rezávamos vi que estavam connosco Anjos vestidos de branco e escreviam num grande livro. Um escrevia com caneta dourada, outro com caneta prateada, outro com caneta preta, outro até escrevia com água e outro parado com a caneta no ar. O que significa.
O mestre explicou: “ É fácil. O anjo de caneta dourada significa que entre vós estava alguém a rezar muito bem, o de caneta prateada entre vós alguém rezava mais ou menos bem, o de caneta preta significa que alguém só rezava com a boca, o de caneta de água…O discípulo interrompeu o mestre:” Já sei o de caneta de água significava que o irmão António dormia, como costuma…” O mestre concluiu:” O de caneta no ar parado eras tu que em vez de rezar estavas a olhar para os outros.”

E se a mim, qual a caneta que me pertence?

À maneira de Jesus queiramos nós transformar o nosso templo em verdadeira casa do Pai. Onde rezamos e nos encontramos com Ele e com os outros.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Corações ao alto...e pés bem assentes na terra...

Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo” para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização autêntica está no dom da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz.
A religião não é um ópio que nos adormece…ahh é tudo tão lindo…ou então olhamos a vida de Jesus e o seu sofrimento, a sua flagelação, até O podemos imaginar preso a uma coluna sendo chicoteado, mal tratado, se virmos e pensarmos sobre algumas cenas da vida de Jesus até nos emocionamos, mas ficamos no… Ahhh é tão lindo…”
A religião não é um ópio que nos adormece mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens…e por isso nos faz ter os pés bem assentes no chão.


Alguém contava que havia uma terra em que as pessoas eram bastante criticas…aliás criticavam por tudo e por nada…
Então o rei decidiu colocar uma pedra enorme no meio da estrada.
Ele escondeu-se e ficou a ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho.
Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta á pedra.
Alguns até esbracejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas mas nenhum deles tentou sequer tirar a pedra dali.
De repente, passa um camponês com uma carga de vegetais. Ao aproximar-se da rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali.
Após muita força e suor, finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada.
Voltou a pegar na sua carga de vegetais mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra.
A bolsa continha moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia: “ Esta bolsa pertence a quem removeu esta pedra do caminho”.
O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendeu:
"Todo obstáculo tem uma oportunidade para melhorarmos nossa condição".

Corações ao Alto; o nosso coração está em Deus mas os nossos pés devem estar bem assentes na terra…

domingo, 1 de março de 2009

" Arrependei-vos..."


O grande desafio que nos é lançado no início de Quaresma é que tenhamos consciência e certeza de que a conversão tem de acontecer primeiro a nível pessoal. Eu não posso pensar na paz do mundo, se não pensar na minha paz; eu não posso pensar no bem- estar dos outros se eu não estiver bem…mas também não posso ficar á espera que sejam os outros a mudarem a maneira de pensar e de agir. Não podemos ficar à espera que os outros se convertam. Primeiro, devemos converter-nos nós.
Se não continuamos a ser como a velhinha…

Alguém contava que numa cidade vivia uma mulher que morava sozinha, e tinha como vizinhos um casal de idosos. Esta mulher lavava as roupas, e colocava-as no seu estendal e a senhora idosa, lá de dentro da casa dela, olhava as roupas no estendal, e dizia ao marido:- Olha velho, como aquela vizinha é desmazelada...as roupas dela... ela lava-as e ficam todas sujas!!E o velho sentado na sua cadeira de baloiçar, ficava quieto e não fazia comentários sobre aquilo. Então a vizinha tornou a lavar as roupas e coloca-las no estendal, e a velha sentada na cadeira de dentro da casa dela, comentou novamente com o velho, olha velho aquela vizinha é muito porca, ela lava as roupas e ficam todas sujas, como é que pode ser assim? E o velho sempre a ler o seu jornal, preferia não comentar. Então, um dia, o velho indignado com a esposa, levantou-se mais cedo. A velha nem perguntou o porque. Então a vizinha lavou todas as roupas brancas, e deixou-as limpas, como nunca, e a velha sentada em sua cadeira a fazer tricô, e o velho a ler o jornal. A velha comentou, olha velho, parece que a vizinha fez algum curso para aprender a lavar as roupas, ou então alguém lavou as roupas dela, as roupas estão branquinhas. O velho levantou-se, colocou o jornal na sua cadeira e disse para a velha: Não foi a vizinha que fez o curso, e ninguém lavou as roupas dela, hoje quando me levantei mais cedo, lavei as janelas aqui de casa.



A conversão começa em mim: “ Arrependei-vos…”

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mc 2,5...


Jesus vê no esforço daqueles homens o grande motivo de fé: “Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o tecto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente..."

Faz lembrar...

Uma menina esperta de apenas seis anos de idade, ouviu a conversa dos pais sobre o mano mais novo. Ela descobriu que o mano estava doente e era preciso ser operado mas os pais não tinham dinheiro para pagar a operação.
A menina ouviu o pai dizer à mãe chorosa: "só um milagre pode salva-lo".
Ela foi ao quarto e tirou uma caixinha escondida no armário. Abriu a caixinha e tirou todas as moedas que tinha. Contou todo o seu dinheiro três vezes
Saiu de casa e foi à farmácia. Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento.
Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Fez barulho com a garganta mas nem assim foi notada. Por fim, pegou numa moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!
"O que é que queres?" perguntou o farmacêutico com voz aborrecida. "Não vês que estou a conversar com o meu irmão que não vejo há muito tempo, e chegou de viagem ", disse ele sem esperar resposta.
"Bem, eu quero falar sobre o meu irmão, ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre.
"Como?", balbuciou o farmacêutico admirado.
"Ele chama-se André e está com alguma coisa ruim que cresce dentro da cabeça dele e o papá disse que só um milagre o pode salvar. E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?"
"Nós não vendemos milagres, menina. Desculpa, mas não posso ajudar", respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
"Ouça, eu tenho dinheiro para pagar. Se não chegar, depois arranjo mais. Por favor, diga-me quanto custa, insistiu a pequena."
O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou a menina "Que tipo de milagre o teu irmão precisa?"
"Não sei", respondeu ela. "Só sei que ele está muito mal e a mamã diz que ele tem de ser operado. Como o papá não pode pagar, quero usar meu dinheiro."
"E quanto tens?", perguntou o irmão do farmacêutico.
"Tenho 15 euros e 55 cêntimos", respondeu a menina. "É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso."
"Puxa, que coincidência", sorriu o homem. " 15 euros e 55 cêntimos é exactamente o preço de um milagre para irmãozinhos."
O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão a menina, disse: "Leva-me a tua casa. Quero ver o teu irmão e conhecer os teus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que precisas."
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos.
Alguns meses depois o André estava em casa novamente, recuperado.
A mãe e o pai comentavam, alegres o que tinha acontecido. "A cirurgia", disse a mãe, "foi um milagre real. Gostava de saber quanto custou!" A menina sorriu. Ela sabia exactamente quanto custa um milagre... 15 euros e 55 cêntimos. Mas o verdadeiro preço foi a fé daquela menina …

A atitude da menina foi a mesma daqueles homens que desceram o paralítico…
Hoje precisamos de aprender a ter esta atitude uns com os outros…porque com esta atitude talvez sejam cada vez mais aqueles que dão glória a Deus, repetindo: «Nunca vimos nada assim» (Evangelho).

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Táctica...


Hoje apetecia-me olhar as palavras de São Paulo como quem olha a táctica de um treinador de futebol…imaginar São Paulo a falar á equipa…
“…Meus amigos, este não é apenas mais um jogo, mas é o jogo da nossa vida, porque na vida somos nós que jogamos…é preciso estarmos atentos, empenhados, devemos dar o nosso melhor, vamos tentar evitar as faltas, e gostaria que nenhum recebesse cartão algum ainda que fosse o amarelo, acima de tudo o fair-play…vamos jogar pela ala esquerda e pela direita e com um meio campo muito forte…quero lembrar-vos que este jogo não tem nenhuma taça em vista, a não ser a verdadeira taça que é a Verdadeira Vida, por isso quero dizer-vos três coisas:
a) Qualquer remate, passe ou golo vamos dedicá-lo ao Senhor da vida…tudo o que fizerdes, fazei para glória de Deus;
b) Não procureis envergonhar os parceiros nem sequer os adversários, nem os espectadores…neste jogo que não sejamos motivo de escândalo para ninguém…
c) A equipa acima de tudo…não há craques, nem melhores nem piores, a equipa joga, mas joga em conjunto…portanto devemos buscar o interesse de todos e não o próprio interesse…
O Grande jogador deixou-nos o Seu exemplo, em todos os momentos devemos esforçar-nos por amar a todos mesmo os adversários…é isso que eu tento fazer…por isso sede meus imitadores como eu o sou D’Ele…”

Era engraçado, tentarmos colocar em prática esta táctica…e em vez de falarmos de futebol, falarmos mesmo da vida, porque se quisermos a Vida Verdadeira…primeiro temos de aceitar esta vida…valia a pena pensarmos nisto…

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Valeis mais que os passarinhos...

No mínimo é engraçado como a vida nos ensina…é engraçado como é muito mais fácil falar, transmitir uma ideia do que viver essa mensagem…acho que é sempre assim…
Falar do valor que temos ou deixamos de ter…falar do valor que os outros nos fazem sentir…ou a falta desse valor…
É verdade que se sente facilmente quando alguém nos coloca de parte…quando somos apenas tidos e achados só para enfeitar a pintura…só para fazer de conta que…
É verdade quando sentimos como tudo poderia ser diferente, mas deixámos que essa diferença fosse assim ultrapassada como se nada fosse…
Não é fácil sentir as coisas presas por um fio, muito menos quando esse fio já nem existe…
Não é fácil ser cínico, indiferente…agir como se nada se passasse…não é fácil fechar uma porta e sentir o que fica do outro lado da porta…
E quando descobrimos que não é uma porta…apenas parece uma porta…faz-se passar por porta…mas não é uma porta…
E quando descobrimos que as palavras ditas, foram malditas…
E quando descobrimos que ás vezes é mesmo preciso denunciar…
E quando descobrimos que afinal o vicio maior está no sistema…
E quando descobrimos quem comanda esse sistema…
E quando descobrimos que manda é que comanda…mas mal…
E depois de todas estas descobertas queremos fechar a porta…
E deixar que eles comandem…mas comandem lá o sistema que é deles…
E descobrimos toda a imundície, a podridão, o cheiro a ranço…mas com a fachada pintada…tudo parece bonito…e isso é que importa…
Mas depois de tudo isso ainda ouço sussurrar ao ouvido…
Valeis mais que os passarinhos…piu...piu...piu...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

De primeira ou de segunda???

Resolvi voltar á carga...apenas porque não entendo, o que é que não entendem???

A Guarda: Como vê a actual distribuição do clero na Diocese da Guarda?

“Eu já desconfiava, agora tenho a certeza… na diocese da Guarda há padres de primeira e de segunda categoria… e penso que enquanto assim suceder não podemos sequer pensar numa melhor distribuição do clero… as provas disto estão à vista… uns são mexidos outros são protegidos…
Que a diocese é vasta… toda a gente sabe… que cada vez os padres são menos… toda a gente vê… mas penso que há algumas perguntas que se deveriam fazer…
O que é essencial na vida de padre? O que na realidade fazem os padres? Penso que enquanto houver padres que fazem o que leigos podem fazer, vamos ser sempre poucos… posso falar com conhecimento de causa… eu deixei o ensino e no lugar ficou um leigo, que tanto quanto sei faz o mesmo trabalho tão bem ou ainda melhor que eu… por isso enquanto andarmos entretidos com outras coisas que não sejam o essencial da vida de padre vamos ser sempre poucos… e também não podemos ter apenas a ideia de uns que fazem o trabalho de outros… por isso penso que a verdadeira questão é descobrir o que é essencial na vida de padre, ou pelo menos ter a coragem de o assumir…
Ironicamente, penso que o melhor que haveria a fazer era pegar nos padres todos durante uma semana, levá-los para o Centro Apostólico e depois de uma semana começar a enviá-los de modo organizado a fim de que a distribuição fosse feita…
Mas enquanto houver padres de categoria diferente… penso que será difícil uma melhor distribuição…”

Onde está a dúvida???

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Deus ama-me...

O “homem com um espírito impuro” representa todos os homens e mulheres, de todas as épocas, cujas vidas são controladas por esquemas de egoísmo, de orgulho, de medo, de exploração, de exclusão, de injustiça, de ódio, de violência, de pecado. É essa humanidade prisioneira de uma cultura de morte, que percorre um caminho à margem de Deus e das suas propostas, que aposta em valores escravizantes ou que procura a vida em propostas falíveis. O Evangelho de hoje garante-nos, porém, que Deus não desistiu da humanidade, que Ele não se conforma com o facto de os homens trilharem caminhos de escravidão, e que insiste em oferecer a todos a vida plena.
Nestes tempos que são difíceis, ás vezes temos a tentação de perguntar porque é que Deus não nos ajuda, será que se esqueceu de nós?
Alguém contava que um homem regressava a casa com o seu filhito e o garoto vinha carregado com um molho de lenha. Alguém que passava dizia: “Que vergonha, carregar assim a criança com um molho de lenha!”
Ao que a criança responde: “ Não. Meu pai só me deu o molho que eu posso transportar…eu sei que ele gosta de mim…”
Deus connosco faz a mesma coisa…

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Baptismo...missão (im)possivel...


No dia do nosso baptismo recebemos uma mensagem…como no filme missão impossível que terminava a dizer :"esta é a tua missão se a aceitares"…hoje é importante perguntar…depois de tantos anos, será que aceitei a missão???
Ah...pois...se calhar não me lembro desse dia...se calhar nem sei que dia foi...se calhar não me quero lembrar...há coisas mais importantes...

Já agora...em que dia fui baptizado?

“É mais importante a capela onde fui baptizado que a Catedral onde fui coroado”

São Luís de França