terça-feira, 29 de julho de 2008

Os padres e as chouriças...capitulo terceiro...









Há algum tempo atrás, sem querer encontrei numa gaveta duas chouriças dentro de um saco…bem aquilo já não eram chouriças nem nada… nem o gato as quis cheirar…depois fui ver umas que tinha mas que estavam dentro de um pacote e reparei que estavam boas…e lembrei-me e isto fez-me pensar…
Ás vezes nós somos mesmo como as chouriças…se nos metem na gaveta e se esquecem de nós, como nos abanamos muito ficamos “rançosos” e acabamos como as chouriças, por outro lado se estivermos dentro de um pacote com marca registada e dentro da validade e tudo duramos mais tempo sem chegarmos ao ponto do “ranço”…
É verdade que nem sempre se devem juntar duas chouriças, porque elas pegam o ranço umas ás outras…e no mesmo pacote, o melhor é colocar uma só…porque pode haver chouriças que dão cabo do pacote…a questão é só de haver muitos pacotes…
Há claro e depois temos de saber que algumas chouriças são inocentes…faz lembrar aquele senhor de óculos (com lentes do fundo de uma garrafa…daquelas garrafas verdes e espessas), ele estava a contar com o ovo no cú da galinha…esperou…esperou…preparou até o terreno onde a galinha iria pôr o ovo, mas só depois de tanto esperar, de tanto esperar e o ovo nunca mais aparecia, é que ele foi meter o dedo no cú da galinha para facilitar a operação, e não é que descobre que a galinha era um galo (Há q’galo…) Assim também algumas chouriças inocentes, têm cheiro a ranço, a gente olha para elas e vê o ranço, mas não elas estão inocentes não têm nada a ver com o ranço…afinal o problema deve ser do pacote…sim porque hoje em dia há pacotes para tudo…por isso é que o outro diz: “ Epá! Tem cuidado com a prateleira se não ainda estragas o pacote!”…
A mim também me querem meter num pacote…não sei se é pelo cheiro a ranço…ou se foi alguma chouriça inocente…mas de uma coisa podem ter certeza…o meu pacote vai ficar intacto…agora sei de outros que já lhe comeram o pacote a chouriça e tudo.
Os padres e as chouriças são parecidos…as chouriças que vêm no pacote duram mais tempo…e os padres acabam sempre empacotados…mas afinal, porque o pacote? Sera que ainda vamos parar ao festival das chouriças, na Feira Gastronomica da Camara Municipal??? Ai o pacote....Ou será que o pacote já vem com defeito de fabrico??? Se calhar era bom que a ASAE ( se é que tb deveria haver uma Asae para isto, tipo Autoridade Só de Associados Eclesi...)fosse ver bem como é que estes pacotes são feitos e quem é a entidade que os fabrica. Podia ser que esta autoridade ainda obrigasse a que a entidade tivesse auxiliar, porque tantos pacotes só pra um é obra...

domingo, 27 de julho de 2008

A sabedoria...

O desafio lançado para nós pela Palavra de Deus, parece ser simples, mas é bastante exigente; na oração devemos saber o que pedir e este é um grande desafio…“Pede o que quiseres…” Se a mesma questão nos fosse posta hoje, qual seria a nossa resposta? Por que tesouro estamos dispostos a sacrificar tudo? O que eu pediria? Poder? Riqueza? Vingança?...“Um coração que escute e saiba discernir o essencial do acessório!” Na vida saberemos olhar a oração de Salomão?

Alguém contava que um dia o mestre regressava com o discípulo a casa e encontram um homem ferido que gemia, atrás de um arbusto. O homem estava pálido e sangrava. Tinha sido ferido e já estava quase inconsciente. Com dificuldade, conseguiram carrega-lo para casa, onde trataram do ferimento.
Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que tinha sido assaltado e que ao reagir fora ferido por uma faca. Disse que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse. Disposto a partir, o homem disse ao mestre:
- Senhor, agradeço-lhe muito por me ter salvo. Tenho de partir e levo comigo a gratidão pela sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti.
O mestre olhou fixo para o homem e disse:
- Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve mil euros, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz.
O homem ficou assustado e disse:
- Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!
- Se não podes pagar pelo bem que recebestes, com que direito queres cobrar o mal que te fizeram?
O homem ficou confuso e o mestre concluiu:
- Antes de cobrares alguma coisa, procura saber quanto deves. Não faças cobranças pelas coisas ruins que te acontecem na vida, pois a vida pode cobrar tudo que tu deves. E com certeza vais pagar muito mais caro.
Também nós na vida devemos ter a humildade de pedir sabedoria, mas a sabedoria que nos ensina a agradecer pelo bem que recebemos e não a cobrar pelo mal que nos fazem…

domingo, 20 de julho de 2008

O trigo e o joio...

A conclusão que a Palavra de Deus nos faz chegar é esta: Somos demasiado rápidos a julgar os outros. E pensamos sempre que os nossos julgamentos são os mais acertados e os mais correctos. Esquecemo-nos, no entanto, que a nossa intensa vontade de arrancar o joio dos outros acaba por arrancar também o trigo que eles também têm em si. O nosso julgamento, mais que bem sustentado, deve ser humano, pois sendo humano torna-se mais clemente, mais compassivo, mais à semelhança do julgamento que Deus faz de cada um de nós.


Alguém contava que numa aldeia havia um velhinho que tinha um cavalo branco. Muita gente já lhe tinha oferecido grandes quantias de dinheiro pelo cavalo, mas o velhinho dizia: “ Este cavalo para mim é uma pessoa, uma companhia, um amigo…e eu não posso vender um amigo.”
Um dia descobre que o cavalo não estava na loja. Muita gente da aldeia reuniu-se e trataram mal o velhinho: “ Seu velho estúpido…não quiseste vender o cavalo…agora ficaste sem dinheiro e sem cavalo…Toda a gente sabia que um dia alguém te roubaria o cavalo”.
O velho disse: “ Calma…nada de fazer julgamento nenhum, o que sabemos é que o cavalo não está na loja e pode ser mau ou pode ser bom…não julgar…quem sabe o que vem a seguir”.
As pessoas riram do velho. Elas diziam sempre que ele era um louco. Mas, quinze dias depois, numa noite, o cavalo voltou. Ele não tinha sido roubado, ele tinha fugido para a floresta. E para espanto de todos, ele trouxe uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas reuniram-se e disseram: "Velho, você estava certo. Não era mau, foi até muito bom.”
O velho disse:"Calma…nada de fazer julgamento nenhum. Digam que o cavalo está de volta... quem sabe se é bom se é mau? Não julgar…quem sabe o que vem a seguir…”
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo...O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fracturou as pernas. As pessoas reuniram-se e disseram:" Velho tinhas razão novamente. Foi uma desgraça. O teu único filho perdeu as pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca."
O velho disse:" Calma vocês já estão a julgar. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fracturou as pernas, quem sabe se é bom se é mau? Não julgar…quem sabe o que vem a seguir”.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra, e todos os jovens da aldeia foram forçados a alistar-se.
Só o filho do velho foi deixado para trás, pois recuperava-se das fracturas. A cidade inteira chorava, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria.
As pessoas reuniram-se junto do velho e disseram: "Você tinha razão, velho afinal foi bom o seu filho ter partido as pernas. Ele pode estar aleijado, mas ainda está consigo. Os nossos filhos foram-se para sempre."
O velho disse: "Vós ainda não aprendeste a lição, continuais a julgar. Ninguém sabe! Digam apenas que os vossos filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas só Deus sabe se isso é bom ou se é mau. Não julgar…quem sabe o que vem a seguir ".

Na vida é um pouco assim, nós nunca chegamos á Meta…mas podemos ir alcançando pequenas metas…Um caminho termina e outro começa: uma porta fecha-se, outra abre-se. Por isso mais do que julgarmos vamos deixar crescer o trigo e o joio e aprender depois a separá-lo…afinal o velho tinha sempre razão...não devemos fazer julgamentos…ninguém sabe o que vem a seguir…só Deus
Aqueles que não julgam e são capazes de viver o momento presente e de nele crescer... esses são capazes de caminhar com Deus.

sábado, 12 de julho de 2008

Saiu a semear...


Na certeza de que Deus não irá faltar com o sol e com a chuva para que a sua semente dê fruto, devemos viver na caridade para com o próximo, pois a sementeira é uma dinâmica contínua do Amor vivido na caridade, de forma a que quem é tocado pela semente é também ele próprio semente.
Precisamos de sentir esta realidade: a sementeira será boa se for semeada na dinâmica do amor, da partilha…não podemos querer semear para termos a melhor semente…semeamos em conjunto com os irmãos e a melhor semente é a de todos…

Alguém contava que havia um agricultor que ano após ano ganhava sempre o troféu de ter o milho melhor da zona, na Feira de Agricultura da Câmara Municipal.
Entrava com o seu milho na feira e saía sempre com a faixa de premiado ao peito. E o seu milho era cada vez melhor.
Numa dessas ocasiões, um repórter de jornal, abordou-o e ficou intrigado com a informação que o agricultor lhe deu sobre a melhor maneira de cultivar o milho. O repórter descobriu que o agricultor partilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos.
"Como pode o Senhor dispor-se a partilhar sua melhor semente com seus vizinhos quando eles estão a competir com o seu em cada ano?" – perguntou o repórter.
O agricultor pensou, e respondeu:
" O senhor não sabe? O vento apanha o pólen do milho maduro e leva-o através do vento de campo para campo. Se os meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização vai estragar a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho de ajudar os meus vizinhos a cultivarem milho bom".
O milho dele não poderia melhorar se o milho do vizinho também não tivesse a qualidade melhorada.
Assim é também em outras dimensões da nossa vida.
Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.
Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem.
E aqueles que querem ser felizes têm de ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
Por isso Jesus Cristo vem dizer-nos que a semente é a Palavra de Deus que nós precisamos de cultivar, não a podemos deixar cair em terreno baldio…precisamos de aprender a ser cada vez mais um terreno cultivadio, onde a Palavra vai frutificar…
Façamos votos de não deixamos abafar esta Palavra que é semente e procuremos ajudar os vizinhos a cultivarem cada vez mais o melhor milho.

domingo, 6 de julho de 2008

Sou manso e humilde de coração...

Jesus diz: “…aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração…” escutai-Me, acreditai em Mim, porque Eu estou do vosso la¬do, sou alguém como vós, também Eu sou pobre e rejeitado!
Todos nós temos muitas vezes pretensões de sermos os maiores, os mais importantes, por isso Jesus ensina a virtude da humildade; o povo diz:” Quanto mais subires maior é a queda”. Precisamos de perguntar: Até que ponto somos capazes de ser humildes? Alguém dizia: “ Mesmo que sejas plantado em alto sucalco permanece aquilo que és.”

Alguém contava que numa escola de enfermagem, no segundo semestre, um professor apresentou um exame aos alunos. O melhor aluno da turma respondeu rápido a todas as questões até chegar a última que era: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?" Sinceramente, isso parecia uma piada. Ele já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas sabia lá o primeiro nome dela? Entregou o exame e deixou essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um outro aluno perguntou se a ultima pergunta do exame ia contar para a nota.
"É claro!", respondeu o professor. "Na tua vida, encontrarás muitas pessoas. Todas têm o seu grau de importância. Elas merecem a tua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples 'olá' ".
Ele nunca mais esqueceu essa lição e até aprendeu o primeiro e segundo nome dela era Maria Luísa.
Ás vezes somos demasiado importantes e como diz um provérbio africano:” Um burro fica sempre burro, mesmo se lhe põem uma sela de ouro”.
Por isso queiramos aprender com Jesus que é manso e humilde de coração…