sábado, 11 de julho de 2009

Disponivel para evangelizar...

O desapego é também um não arrastar consigo ideias e preconceitos, tradi¬ções, convicções retrógradas, a que se está ligado de maneira fre¬quentemente emotiva e irracional. Basta pensar, por exemplo, no peso que representam certos costumes, hábitos, práticas devocionais, costumes religiosos ligados a um certo ambiente histórico e cultural e por muitos confundidos e equiparados ao Evangelho. Cada vez mais eu tenho de me questionar não á quantidade das coisas que faço, mas á qualidade…não interessa rezar dez terços num dia…será que rezei um bem rezado? Não interessa ir a duas missas, se não estive em nenhuma delas com cabeça tronco e membros…

Alguém contava que um dia uma senhora teve uma visão com um anjo de Deus… e ela pedia para Deus a deixar viver até aos cem anos, se Deus a deixasse viver ela iria a todas as missas que pudesse e para puderem contabilizar no céu as missas concordaram que por cada uma fosse colocado num saco uma pedrinha.
Passados uns anos e mal a senhora completou os 100 anos faleceu.
No céu ela começa a dizer: “ Obrigado Senhor porque cumpriste com a Tua Palavra e eu também cumpri com a minha. Durante a vida fui a todas as missas que pude; cheguei a estar em 3 por dia…deves ter aí vários sacos cheios de pedrinhas…”
O Senhor respondeu-lhe: “ Minha Filha Eu tive foi pena de ti…aqui tens o teu saco com cinco pedrinhas apenas…é verdade que foste a muitas missas…mas estar e rezar e celebrá-las como deve ser…podemos contar estas cinco…”

Era bom que nós nos questionássemos até que ponto nos sentimos desprendidos de ideias e preconceitos, tradições e convicções retrógradas…até que ponto queremos de facto receber a boa nova de Jesus para que o pó das sandálias dos discípulos não caia sobre nós…Eu sinto-me livre e desprendido para poder anunciar o evangelho?

sábado, 4 de julho de 2009

Como julgamos os outros???


Para os habitantes de Nazaré Jesus era apenas “o carpinteiro” da terra, que nunca tinha estudado com grandes mestres e que tinha uma família conhecida de todos, que não se distinguia em nada das outras famílias que habitavam na vila; por isso, não estavam dispostos a conceder que esse Jesus – perfeitamente conhecido, julgado e catalogado – lhes trouxesse qualquer coisa de novo e de diferente… Isto deve fazer-nos pensar nos preconceitos com que, por vezes, abordamos os nossos irmãos, os julgamos, os catalogamos e etiquetamos…No nosso dia-a-dia gostamos tanto de falar dos outros, de apontar os erros dos outros, de ver o que os outros fazem de mal, de apontar o dedo, de criticar a maneira como falam e a sua forma de agir… Seremos sempre justos na forma como julgamos os outros? Por vezes, os nossos preconceitos não nos impedirão de acolher o irmão e a riqueza que Ele nos traz? E nós?


Alguém contava que dois Monges ao regressar ao mosteiro passavam por um local em que havia um pequeno riacho com uma corrente muito forte. Uma mulher tentava atravessar o rio mas não conseguia.
Um dos Monges ofereceu-se para ajudá-la, e pondo-a sobre seus ombros, atravessou-a para o outro lado.
Feito sua obra de caridade e já voltando para o mosteiro o companheiro disse:
- Vou contar aos irmãos do mosteiro que tu tocaste numa mulher, e sabes que não podes.
- O que é isso caro amigo, fiz apenas um favor aquela mulher.
- Mas, tu sabes que nós Monges não podemos tocar em mulheres, portanto, tu pecaste!
- Eu pergunto qual é o pecado? Perguntou o Monge acusado.
- Se é o que eu fiz levando-a sobre os ombros, até o outro lado do rio, ou o que tu fazes, eu deixei-a lá atrás e tu ainda a trazes na tua cabeça.


Nós somos mais rápidos em julgar os outros que a nós próprios…para os habitantes de Nazaré Jesus não podia ser grande coisa, conheciam-Lhe a família e devido aos seus preconceitos não pode ali ensinar…
Também nós ás vezes devido aos nossos preconceitos, pensamos saber tudo e fechamo-nos ao velho ensinamento popular: “ Estamos sempre a prender”…