sábado, 13 de setembro de 2008

Amar a cruz....

Mesmo em férias não podia deixar de partilhar esta...sinto-a....


Hoje somos convidados a olhar a cruz e mais a aprender a aceitá-la…os cristãos não são aqueles que rejeitam a cruz…os cristãos são aqueles que por acreditarem em Jesus Cristo ganham mais força para aceitar e carregar a cruz da vida.


Alguém contava que o Zé era uma dessas pessoas que fugia sempre que podia das dificuldades. Sempre procurava o caminho mais curto e cómodo. Era mestre em atalhos…( e lá diz o povo quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos). Sofrimento era uma palavra que simplesmente não existia no dicionário do Zé. Tudo o que pudesse provocar algum tipo de desconforto era imediatamente colocado em segundo lugar. Coisas como: solidariedade, amor, desinteressado, humildade, perdão...
Um dia Zé morreu... Ao chegar no Céu encontrou São Pedro em frente a uma grande porta com uma imensa cruz de mais ou menos cinco metros. O Zé saudou o São Pedro e perguntou logo: “Qual o caminho mais curto para o céu?”
São Pedro respondeu: " Bem-vindo, Zé! A porta é esta mesma... Entra!"
O Zé entrou e viu uma longa escada, bastante estreita e pedregosa. E perguntou logo, como nos velhos tempos: Não há um caminho mais curto?
São Pedro respondeu com ternura e autoridade: "Não, Zé. O caminho é este. Todos os que entram no céu passam por aqui. E ainda deverás levar esta Cruz até lá. São apenas cinco quilómetros de caminhada."
O Zé olhou para a Cruz e pensou com seus botões: “Eu cá me arrajo. Agradeceu e saiu com sua Cruz em direcção ao Paraíso.
Caminhou um quilometro sem dificuldades. Foi então que viu um serrote esquecido no chão. Olhou ao redor, não viu ninguém e não resistindo a tentação, cortou um metro da Cruz.
Continuou o seu caminho mas levou o serrote. Mais um quilometro ... mais um metro cortado. Mais um quilometro ... cortou outro metro.
Quando faltava apenas cem metros para chegar no Céu só havia mais um metro da Cruz. E lá ia o Zé carregando a cruz sem dificuldade, como sempre fez durante toda sua vida. Foi então que aconteceu o inesperado. Para chegar até o Céu, seria necessário atravessar um precipício. A distância até a outra margem é de cinco metros. O Zé podia ver apenas um fogo intenso no fundo do precipício. Faltou coragem... ele não seria capaz de saltar tão longe. Desanimado, sentou-se. Lembrou-se então da oração do Anjo da Guarda que aprendera com sua avó.
Começou a rezar... e logo o Anjo da Guarda apareceu e perguntou: “ Olá Zé... de que é que estás á espera? A festa é lá no Céu !Porque é que estás aqui sentado?”
O Zé respondeu: “Cheguei até aqui, mas tenho medo do precipício.” O Anjo, então, exclamou: “ Ora, Zé usa a ponte!” –“ Que ponte?”... perguntou o Zé. E o Anjo respondeu: “Aquela que São Pedro te deu lá na entrada! A cruz, Zé?
E, Zé compreendendo o seu grande erro respondeu tristemente ao Anjo:
-“ Eu cortei!”…

Também nós ás vezes temos a tentação de cortar a nossa cruz para nos pesar menos…por isso precisamos de pedir a J.C. força e coragem não para evitar o peso da cruz mas para a sabermos abraçar e aceitar como nossa…afinal a cruz não é sinal de morte…é sinal de morte e Ressurreição…