sexta-feira, 30 de maio de 2008

Nem todo o que diz....


Deus também não fica satisfeito connosco só por fazermos alguma boa acção. Não se entra em comunhão com Ele só com factos prodigiosos, mas renovando a nossa vida e enriquecendo-a com obras de amor a favor do irmão. Por isso não basta dizer “ Senhor…Senhor”…é preciso mostrar por gestos o que dizem as palavras…

Numa reunião de pais, na escola, a professora falava da importância do diálogo e dizia:” Os pais têm de falar com os filhos, não se pode ser um pai ou mãe ausente…eu não vejo como um pai pode andar fora todo o dia e falar muito pouco com os filhos…”
A professora falou…falou…falou…depois deixou um espaço em aberto para que os pais pudessem intervir…
Um pai pediu a palavra e disse: “ A senhora professora tem muita razão…mas sabe como a vida é difícil…olhe por exemplo o meu caso…quase nunca falo com a minha filha, saio de manha e ela ainda está a dormir, chego á noite e ela já se deitou…” A professora interrompeu o pai e disse: “ Como é que o senhor pode deixar que isso assim aconteça…como pode essa moça ter bom aproveitamento se nem o carinho do pai tem…”o pai interrompeu e disse: “ Desculpe…a senhora diz que é importante falar mas não me deixou falar…eu queria dizer-lhe que concordo…mas a verdade é que nós podemos falar de várias formas…eu como não posso falar com a minha filha, temos um sinal em que sabemos que todos os dias estamos juntos…na verdade de manha quando saio para o trabalho ela ainda dorme…e quando regresso à noite ela já dorme…mas ela sabe que todos os dias eu estou junto dela um pouco vendo-a dormir…e nesse pequeno espaço de tempo eu dou-lhe um beijo e dou um nó na ponta do lençol e de manhã quando ela acorda e vê o nó sabe que eu estive com ela…por isso podemos falar e várias formas…no meu caso diria que o importante é gesto…”
A professora ficou de boca aberta…mais tarde quis saber quem era a filha daquele senhor…e descobriu que era a melhor aluna da escola.

As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó... Um nó cheio de afecto e carinho.
Por isso não basta dizer: “Senhor, Senhor”…precisamos de aprender a passar á acção…a palavra é completado pelo gesto…e vice-versa…

E tu, já deste algum nó afectivo hoje?

domingo, 25 de maio de 2008

«A cada dia basta o seu cuidado»

A proposta de Jesus será um convite a viver na alegre despreocupação, na inconsciência, na passividade, no comodismo, na indiferença? Não. As palavras de Jesus são um convite a pôr em primeiro lugar as coisas verdadeiramente importantes (o “Reino”), a relativizar as coisas secundárias (as preocupações exclusivamente materiais) e, acima de tudo, a confiar totalmente na bondade e na solicitude paternal de Deus. De resto, viver na dinâmica do “Reino” não é cruzar os braços à espera que Deus faça chover do céu aquilo de que necessitamos; mas é viver comprometido, trabalhando todos os dias, a fim de que o sonho de Deus – o mundo novo da justiça, da verdade e da paz – se concretize.

Por isso é muito importante aprendermos a viver cada dia, empenhados, comprometidos de modo que o tempo não passe por nós em vão. Vive cada dia como se fosse o último e um dia acertarás…

Alguém contava que um rei passou a vida a fazer guerra aos povos vizinhos. Ao chegar aos 60 anos deu-se conta que não tinha aprendido muito do sentido da vida. Convocou os seus sábios e disse-lhes: — Ide e buscai livros acerca da verdadeira sabedoria.
Eles foram e trouxeram-lhe imensos livros. O rei disse: — Já não tenho idade para ler tantos livros. Fazei um resumo do que eles dizem.
Durante sete anos, resumiram tudo metade dos livros.
O rei disse: — Não tenho tempo para ler tudo isso. Resumi mais ainda.
E foi assim que, passados alguns anos, lhe entregaram um novo resumo de alguns livros. O rei disse: — É muita literatura para a minha idade. Resumi mais ainda.
Os sábios conseguiram redigir apenas um livro para condensar toda a sua sabedoria.
O rei, ao receber o livro, disse-lhes:
— Por favor, peço-vos que resumam tudo isso numa pequena frase.
Foi então que os sábios, depois de muito diálogo, conseguiram redigir uma frase, que dizia assim: «Vive o momento presente».

Ás vezes também nós andamos demasiado preocupados com imensas coisas e deixamos passar o momento presente…
Às vezes andamos demasiado preocupados com o dia de amanhã e esquecemo-nos que o dia de amanha se prepara hoje…devíamos aprender a viver o dia de hoje para vivermos melhor o dia de amanhã…

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ele está mesmo em nós???



















Após a comunhão, quem nos vê fora da igreja, em casa, no campo, no trabalho, quem analisa as nossas acções, quem contempla o nosso semblante, o nosso olhar e o nosso sorriso deveria sempre reconhecer em nós Jesus, que continua a amar, a agir, a falar, a ensinar, a sorrir...Após a comunhão não podemos ficar na aparência: “ Parece que Jesus está nele”…após a comunhão só há uma afirmação correcta: “ Jesus está mesmo em nós…

Alguém contava que numa pequena aldeia, as crianças estavam a preparar-se para a Primeira Comunhão. O catequista ia seguindo o aproveitamento de cada uma e chegou o dia em que devia fazer a lista das que estavam preparadas para receber Jesus.
No grupo havia uma criança com um pequeno atraso mental. Estaria realmente preparada para também comungar?
A verdade é que ela queria comungar. Os seus pais também gostavam que ela também comungasse pela primeira vez.
O caso foi entregue ao pároco. Este interessou-se pela criança. Levou-a à igreja para junto do altar.
Em seguida, apontou para um grande e belo crucifixo. Depois, perguntou:
-Quem é aquele?
- É Jesus.
Depois, o sacerdote apontou para o modesto sacrário e perguntou:
- E quem é que está ali?
A criança imediatamente respondeu:
- É Jesus.
O pároco insistiu:
- Jesus ali na cruz e ali no sacrário? Como pode ele estar nos dois lugares?
- Muito simples. No crucifixo, parece que está, mas não está. No sacrário, parece que não está, mas está.

Depois da comunhão nós somos verdadeiros sacrários…

sábado, 17 de maio de 2008

Trindade...um Deus Amor...


A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.

Alguém contava que uma professora do primeiro ciclo, que se orgulhava de dizer a toda a gente que não acre¬ditava em Deus, e dizia que Deus não existia, um dia em que se falou na Santíssima Trindade, ela disse aos alunos:
— Hoje vamos aprender que Deus não existe. É uma invenção das pessoas ignorantes. Ainda por cima um Deus em três? Apontando para um aluno, disse-lhe:
— Tó, vês aquela árvore lá fora? — Sim, senhora professora.
— E também vês a relva do jardim? — Sim, senhora professora.
— E o céu? — Sim, senhora professora. É azul e imenso.
— E Deus? Estás a vê-lo? — Não.
— Perceberam, meus meninos? Deus não existe, é um mito. Podemos ver tantas coisas, mas a Deus não vemos, pois não existe! É apenas um mito.
Nesse momento, um aluno pediu licença à professora para lhe fazer também umas perguntas. Ela consentiu e ele perguntou:
— Ò Tó, estás a ver o cérebro da nossa pro¬fessora a raciocinar?
— Não.
— Então podemos concluir que a professora não tem cérebro, não raciocina.
Nós não vemos o rosto de Deus Trindade, mas notamos todos os dias sinais desse Deus que é amor, que é família e que está presente na vida dos homens…

Por isso mais do que querermos entender o mistério da Santíssima Trindade importa contemplarmos Deus que é amor: “ Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho Unigénito para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça mas tenha a vida eterna”…

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Assembleia do clero (Em jeito de acta)...


Como o Senhor Bispo manifestou tanta vontade que houvesse uma acta a marcar este dia, que parece ter perdido a dinâmica com que começou, em que seria mais um dia de convívio do que propriamente trabalho, e depois não sei se para justificar este retrocesso inventaram o passeio…mas bem…em jeito de acta cá vai…
Aos catorze dias do mês de Maio, no Seminário Menor do Fundão, reuniram em assembleia-geral (quer dizer, cerca de metade, não sei se estou a ser generoso) os padres da Diocese da guarda, com a seguinte ordem de trabalhos: ponto um – a questão económica dos padres; ponto dois – os desafios da nova evangelização.
Não se sabe bem porque, mas a verdade é que a primeira parte foi a segunda e a segunda parte foi a primeira, talvez porque a segunda parte que era a primeira sendo segunda teria menos espectadores porque de tarde sempre alguns saem; e como a primeira parte que seria a segunda era de menor importante, uma vez que geraria menos conflitos a segunda foi mesmo a primeira…não é para rir…fica em acta…ficámos ainda a saber que o senhor bispo já visitou 140 paróquias desta diocese, ás vezes é preciso lembrar que num dia posso cumprimentar 50 pessoas mas não falo com 2, nestes momentos lembrei-me daquela música que diz:
“And in the naked light I saw,
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one deared
Disturb the sound of silence.”
Na dita primeira parte que seria a segunda, lá se foi falando e falando sobre novas formas de evangelização, com missões diocesanas, em que viriam missionários e os diocesanos iriam embora, não se entendeu muito bem, mas como esta parte foi a primeira que seria a segunda…depois de se afirmarem algumas coisas umas mais verdadeiras que outras…acho que se pode concluir que a preocupação é a pastoral das massas, que mostrem trabalho feito,,, que movimentem muita gente…ás vezes esquece-se que tudo teve inicio com o resto de Israel e provavelmente hoje teríamos de voltar ao inicio…
E assim terminou a primeira parte que seria a segunda.
De seguida os sacerdotes fizeram um intervalo, para fumar um cigarrito e fazer um “ chichizinho”…depois celebrámos a eucaristia com o exemplo do São Matias.
Foi servido o almoço que estava óptimo ( ou seria da fome???)…fomos tomar um café e um croft ( ou água das pedras) e demos inicio á segunda parte que seria a primeira…
Puxaram as orelhas aos padres por causa das questões económicas e das contas e dos euros e…pareceu-me que aqui soava mais aquela parte “ venha a nós”…e como pouco mais se disse tive de sair para ir ao wc e enganei-me na porta…quando dei conta já ia na A23…
Em jeito de acta…ou talvez não…

sábado, 10 de maio de 2008

O Espirito dá a força...


O Espírito é que faz com que no dia-a-dia nos sejamos capazes de aceitar ser cristãos verdadeiros…que se esforçam por seguir Jesus Cristo…o Espírito dá força e alento para testemunharmos Jesus Cristo…

Alguém contava que numa aldeia, em dia de Domingo a Igreja era sempre mais visitada para celebrarem a Eucaristia. A comunidade cristã estava meio adormecida…uma vez os cristãos mostravam-se vivos…outra vez os cristãos nem se manifestavam…ás vezes a Igreja ao Domingo estava cheia…outra vez podiam alugar-se os bancos vazios…a comunidade ia vivendo aos altos e baixos…
Um dia, dia da grande festa da aldeia, a Igreja estava à pinha…toda a gente bem vestida…muita gente na Igreja…a escutar a Palavra e a celebrar a santa padroeira…
De repente entram pela Igreja a cima três homens encapuçados e com metralhadora na mão e um deles grita: -“ O verdadeiro Cristão está disposto a morrer por Jesus Cristo…os outros podem sair…quem ficar morrerá!”
Algumas pessoas começaram a sair com muita pressa…a Igreja foi-se esvaziando e ficaram alguns bancos vazios…
O homem do capuz gritou novamente: -“ Mais ninguém quer sair? Estão dispostos a morrer?
Fez-se silêncio…mas ninguém arredou pé…
Os homens encapuçados tiraram os capuzes e disseram: “ Padre, pode continuar a Eucaristia…porque estes Cristãos… são Cristãos…dos verdadeiros.”

Hoje só precisamos de querer receber o Espírito…receber aquele que nos fortalece…receber aquele que nos ajuda a dizer…eu sou Cristão…dos verdadeiros…
Ou se calhar apetece colocar a pergunta de outra forma: " E eu??? Fugiria???

sábado, 3 de maio de 2008

Todos os dias são dia da mãe....



Hoje celebramos o dia da mãe…como se a mãe tivesse apenas este dia…é bom lembrarmos a mãe todos os dias, porque de certeza nenhuma mãe esquece um filho um dia que seja…hoje em especial tenhamos, ao menos, a coragem de poder dizer à mãe…: “ Tenho uma coisa para ti…”


Uma menina de sete anos, ao fim do dia, foi ao encontro da mãe e exclamou:
— Mamã, tenho uma coisa para ti. A mãe, atarefada com a preparação do jantar, respondeu:
— Agora não tenho tempo. Fica para depois. Seguiu-se o jantar, a televisão, alguns telefo¬nemas. A um certo momento, a mãe disse-lhe:
— São horas de ir para a cama. A menina insistiu:
— Mamã, tenho uma coisa para ti. A mãe, cansada de um dia de trabalho, deu-lhe um beijo e disse:
— Fica para amanhã. A menina exclamou:
— Gostaria que fosse hoje. Amanhã é o dia da Mãe e assim durmo mais feliz.
— Não te preocupes, fica para amanhã. Boa--noite!
A mãe, passado algum tempo, aproximou-se da menina. Viu que dormia com uma mão fechada. Abriu-a devagar e dentro estavam pedacinhos de papel.
Juntou-os e ficou um coração com a frase: «Mãe, gosto muito de ti!»
De manhã, ao levantar-se, a mãe beijou-a com muita ternura.

Neste dia e todos os dias mostremos o quanto gostamos da nossa mãe, com um gesto, um beijo, um presente…ou um simples conjunto de pedacinhos de papel que juntos dá um coração onde se diz… “MÃE; GOSTO MUITO DE TI.”