domingo, 4 de novembro de 2007

O olhar que julga....



Em primeiro lugar reparemos no olhar da multidão,. Jesus tinha curado um mendigo cego; ao ver isso, a multidão celebrou os louvores de Deus. Ao ver o maravilhoso, a multidão maravilhou-se. E depois, tudo muda de repente. Após a atitude de Jesus para com Zaqueu, a multidão olha Jesus com hostilidade. Versatilidade das multidões, sem dúvida. Mas também versatilidade dos nossos próprios olhares. Basta uma coisita de nada para que o meu olhar sobre aquele que estimava mude, quando percebo que ele não era “bem” aquilo que eu pensava!
Em segundo lugar, reparemos no olhar de Zaqueu. Mais do que um olhar de simples curiosidade, é um olhar de desejo. Ele tinha ouvido dizer que este Jesus não falava como os escribas e os fariseus. Além disso, Ele fazia milagres. Não viria Ele da parte de Deus? Então, ele quer ver este rabino que não é como os outros. Mas a sua procura continua tímida. Não ousa avançar demasiado. E eu? Qual é o meu desejo de ver Jesus, de O conhecer? Não sou demasiado tímido quando se trata da minha ligação com Jesus e da minha fé?
Finalmente, há o olhar de Jesus, que ergueu os olhos para Zaqueu. Que viu Ele? Um pecador à margem da Lei, banido por todos? Não, Jesus viu um homem rejeitado por todos, um homem habitado por um desejo, talvez não muito explícito, de ser acolhido por Ele próprio. Viu um homem que não tinha ainda compreendido que Deus o amava, apesar dos seus pecados, que Deus o olhava unicamente à luz do seu amor primeiro e gratuito. Então, Jesus colocou no seu olhar sobre Zaqueu todo este amor que transformou o publicano. E que o salvou!
O desafio hoje para nós é repararmos no nosso olhar. Como olhamos os outros? Ás vezes os nossos olhos não são simplesmente para julgar os outros? Como olhamos uns para os outros?


Não julgues para não seres julgado...

Alguém contava que numa cidade, um padeiro foi à polícia dar queixas do vendedor de queijos
O padeiro dizia: “ Venho aqui denunciar o vendedor de queijos. Ele rouba em cada queijo duzentas gramas. Pois diz que o queijo tem um quilo e só tem 800 gramas.”
O polícia foi ter com o vendedor de queijos e ao pesar um queijo constatou que o padeiro tenha razão. Pegou no queijo de 1 quilo e constatou que só pesava 800 gramas e mandou então prender o vendedor de queijos sob a acusação de estar a roubar os clientes.
O vendedor de queijos ao ser notificado da acusação, confessou ao polícia: “ Sabe senhor policia eu não tenho pesos cá em casa e por isso, todos os dias compro dois pães de meio quilo cada, coloco os pães num prato da balança e o queijo no outro e quando o fiel da balança se equilibra então eu sei que tenha um quilo de queijo.
O polícia para tirar a prova dos nove mandou comprar dois pães na padaria do acusador e pode constatar que os dois pães de meio quilo equivaliam a um quilo de queijo.
No fim de tudo aquilo o polícia concluiu que o ladrão era o padeiro que acusava o vendedor de queijos.

Nós somos um pouco assim e muitas vezes acusamos os outros dos nossos próprios vícios.
Quantas vezes os nossos olhares denunciam o mal que não queremos ver em nós e que só vemos nos outros.

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