sábado, 23 de fevereiro de 2008

João 4,15-16


Reparemos no pormenor do “cântaro” abandonado pela samaritana, depois de se encontrar com Jesus… O “cântaro” representa tudo aquilo que nos dá acesso a essas propostas limitadas, falíveis, incompletas de felicidade. O abandono do “cântaro” significa o romper com todos os esquemas de procura de felicidade egoísta, para abraçar a verdadeira e única proposta de vida plena. Eu estou disposto a abandonar o caminho da felicidade egoísta, parcial, incompleta, e a abrir o meu coração ao Espírito que Jesus me oferece e que me exige uma vida nova?
A samaritana, depois de encontrar o “salvador do mundo” que traz a água que mata a sede de felicidade, não se fechou em casa a gozar a sua descoberta; mas partiu para a cidade, a propor aos seus concidadãos a verdade que tinha encontrado. Eu sou, como ela, uma testemunha viva, coerente, entusiasmada dessa vida nova que encontrei em Jesus?

Alguém contava que um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Chegou a uma cabana velha, em ruinas, sem janelas, sem teto. Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, toda enferrujada. Conseguiu arrastar-se até á bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado, para trás. E notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:
"Meu Amigo, primeiro, é preciso preparar a bomba deitando-lhe toda água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante.
" O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele viu-se num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, e ela não funcionasse morreria de sede.
Que fazer despejar a água na bomba enferrujada e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem. Com receio, o homem despejou toda a água na bomba. Depois, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba e pôs-se a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu!
E a bomba rangia e chiava.
Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e finalmente, a água com abundância ! Para alívio do homem a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina.
Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente.
Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante.
Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante.
Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:
"Acredite, funciona. É preciso dar toda a água antes de poder obtê-la de volta.”
É a lição da Samaritana…primeiro é preciso ter a coragem de deixar o cântaro para ter água que mata a sede…
Já agora era bom que perguntássemos no nosso íntimo: “ O que me falta para despejar esta garrafa de água que guardo, se estou prestes a conseguir a água fresca em abundância de uma fonte nova?

Um comentário:

osátiro disse...

Bonita explanação sobre o Evangelho da Samaritana...