terça-feira, 23 de outubro de 2007

Falar com ELE...


O diálogo que mantemos com Deus não pode ser um diálogo que interrompemos quando deixamos de perceber as coisas ou quando Deus parece ausente; mas é um diálogo que devemos manter, com perseverança e insistência. Quem ama de verdade, não corta a relação à primeira incompreensão ou à primeira ausência. Pelo contrário, a espera e a ausência provam o amor e intensificam a relação.
A oração não é uma fórmula mágica e automática para levar Deus a fazer-nos as “vontadinhas”… Muitas vezes, Deus terá as suas razões para não dar muita importância àquilo que Lhe pedimos: às vezes pedimos a Deus coisas que nos compete a nós conseguir (por exemplo, passar nos exames); outras vezes, pedimos coisas que nos parecem boas, mas que a médio prazo podem roubar-nos a felicidade; outras vezes, ainda, pedimos coisas que são boas para nós, mas que implicam sofrimento e injustiça para os outros… É preciso termos consciência disto; e quando parece que Deus não nos ouve, perguntemos a nós próprios se os nossos pedidos farão sentido, à luz da lógica de Deus.
Somos desafiados a manter com Deus uma relação intima, um diálogo persistente…pode ser simples e pequeno mas o importante é que ele exista…


Alguém contava que o Zézito todos os dias, entrava na igreja e poucos minutos depois saía. Um dia o sacristão preocupado, pois havia objectos de valor na igreja, perguntou-lhe:
-Ó Zézito que vais fazer todos os dias á Igreja? - Então…vou rezar. - Mas é estranho, -disse o sacristão- que consigas rezar tão depressa!
- Bem, eu não sei rezar aquelas orações compridas, mas todos os dias, eu entro na igreja e só digo; -OLÁ JESUS, EU SOU O ZÉ, VIM TE VISITAR! Depois saio. É só uma oracãozinha, mas eu sei que Ele me ouve.
Alguns dias depois, o Zézito sofreu um acidente e foi parar a um hospital e na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos. Os doentes mais tristes tornaram-se alegres, passaram a ouvir-se muitas risadas.
- Zé, disse-lhe a irmã, os outros doentes dizem que tu estás sempre tão alegre.
- É mana, estou sempre alegre, é por causa da visita que recebo todos os dias, fico feliz!
A irmã ficou admirada. Já tinha notado uma cadeira vazia encostada à cama do Zé. - Mas que visita? Que hora?
- Todos os dias, respondeu o Zé com um brilho nos olhos, todos os dias, Ele vem senta-se ao pé da cama, quando olho para Ele, Ele sorri e diz; - OLÁ ZÉ, EU SOU JESUS, VIM TE VISITAR!
Tenhamos a coragem, confiança e certeza do Zézito…porque a vida acontece...

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