sábado, 6 de junho de 2009

Um Deus que é Amor...

Deus não é um ser solitário, que vive isolado, sem ninguém. Ele é comunhão, é família de três pessoas que se amam.
O Nosso deus não é um ser distante…ele está sempre connosco até ao fim dos tempos.
O nosso Deus não é um ser insensível, indiferente, despreocupado connosco. Ele alegra-se e sofre connosco, por isso quer que tenhamos a vida plena abundante e feliz…

O Nosso problema é um só: somos uns seres sempre insatisfeitos…ás vezes nada nos enche as medidas…os pais porque não têm os melhores filhos; os filhos porque não têm os melhores pais; os catequistas porque não têm os melhores catequizandos e os catequizandos porque não têm os melhores catequistas…o padre porque não tem os melhores paroquianos e os paroquianos porque não têm o melhor Pároco…vivemos sempre a queixar-nos…não sabemos olhar á nossa volta e reparar naquilo que Deus nos dá a cada momento…


Um homem descontente com a sorte queixava-se de Deus. E dizia:
- Deus dá aos outros as riquezas, e a mim não dá coisa alguma. Como é que posso ser feliz nesta vida, sem possuir nada?
Um velho ouviu estas palavras e disse-lhe:
- Por acaso você é tão pobre quanto diz? Deus não lhe deu, porventura, saúde e juventude, vida?
- Não digo que não, até me orgulho bastante da minha força e da minha juventude.
O velho então pegou-lhe na mão direita do homem e perguntou-lhe:
- Deixe-me cortar esta mão por 5 mil euros?
- Nem por dez mil!
- E a esquerda?
- Também não!
- E por dez mil euros você ficaria cego por toda vida?
- Nem um olho daria por tal dinheiro!
- Veja - observou o velho - quanta riqueza Deus lhe deu e você ainda se queixa?
Foi quando o homem descontente se deu conta de que o velhote era completamente cego…
Hoje somos convidados…a contemplar este Deus Trindade que é amor e nos ama…e caminha connosco… e por tudo sabermos dizer: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

3 comentários:

Nuno Pinheiro disse...

Para o ser humano, as "coisas banais" do dia-à-dia, são um dado adquirido. E nunca está satisfeito com o que tem.

Para o muito rico é um dado adquirido que tem empregados para todo o tipo de serviço e nada lhe falta. Falo dos bens materiais, os outros não se compram com dinheiro.

Para o rico é um dado adquirido, que pode comprar quase tudo e não conta tostões no final do mês.

Para a classe média, é um dado adquirido que não lhe falta nenhum bem essencial, desde que não se "estique", no orçamento.

Para o pobre, é um dado adquirido que tem que "lutar" diariamente para conseguir comer e alimentar a família.

Qualquer um reclama se faltar os tais "dados adquiridos".
Até o pobre se lhe faltar comida, porque é só isso que ele precisa.

Mas se algum deles subir um degrau, os seus "dados adquiridos" passam a ser outros e esquece-se do que passou.

Sempre foi assim e sempre será.

Não invejo aquele que consegue ir subindo os difíceis degraus, que a vida nos coloca na frente.
Só respeito, aqueles que não se esquecem que para estar naquele degrau, já passaram pelos anteriores.

Dia 11 de Julho vou andar por ai, Manteigas, a apoiar e dar abastecimento aos atletas do Clube BTT de Seia. Até quinta-feira.

Pinhas
blog-do-pinhas.blogspot.com

fátima disse...

Somos seres insatisfeitos porque não olhamos à nossa volta.
Quando tinha 20 anos, inscrevi-me num Campo de Férias na Casa de Saúde da Idanha (Belas), das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Dedicam-se ao acolhimento de pessoas com deficiência mental, alguns, deficientes profundos. O meu primeiro contacto com eles, foi um choque, medo até, porque não conhecia tal realidade. Depois, veio o respeito e a dignidade com que devem ser tratados. Foram estes dias de partilha, oração e convívio nesta Casa que contribuíram para aquilo que sou hoje. Ajudam-me nos meus lamentos, há sempre alguém que está pior que eu...

mfn disse...

Pegando nos exemplos que refere, poderia dizer que, só nos lembramos de agradecer a Deus os filhos que nos deu, quando vemos os filhos dos outros c/ problemas mais graves que os nossos. Os filhos só dão valor aos pais que têm, quando os perdem...e por aí adiante...também nós, só nos demos conta do Pároco que tínhamos quando o perdemos, enquanto esteve connosco não o estimámos o quanto devíamos e merecia.
Quanto aos seus paroquianos actuais, espero que esteja satisfeito com eles e que, saibam reconhecer as suas qualidades enquanto está com eles, depois é tarde...