sexta-feira, 19 de junho de 2009

Se tiverdes Fé...


Na vida há momentos de prova para a nossa fé semelhantes ao da tormenta no lago, para os discípulos. Quando a tempestade nos açoita sem piedade, quando a Igreja de Cristo é perseguida, quando a dor nos visita insistentemente, como a Job, quando o mal triunfa e os valores como o bem e a virtude obscurecem, quando a pobreza, a des¬graça e a morte aparecem altivamente na nossa vida, quando, numa palavra, nos dói o silêncio de Deus que parece estar a «ti¬rar uma sesta», como Jesus na barca, então, surge a queixa nos nossos lá¬bios: «Senhor, não Te importas que nos afundemos?»
Se o nosso grito é oração, está bem. Mas se é desconfiança na Providência, dúvida e falta de fé, teremos que escutar a correc¬ção de Jesus: «Porque sois tão cobardes? Ainda não tendes fé?»
Ás vezes é muito importante perguntarmo-nos como enfrentamos as dificuldades…com força e coragem ou ás vezes partimos logo como uns derrotados…nem sequer nos esforçamos…

Alguém contava que um País estava em guerra. O general decidiu atacar. Apesar de ter apenas um soldado para cada dez inimigos, o general estava confiante de que venceria.
Quando seguiram para o combate, entraram num santuário para rezar. Logo que saíram, o gene¬ral disse ao seu exército:
— Vou atirar uma moeda ao ar. Se sair cara, ganha¬remos. Se sair croa, perderemos.
Atirou a moeda ao ar e saiu cara. A satisfação foi geral.
Os soldados partiram para o lugar de combate a cantar cânticos de vitória. E encheram-se de uma tal coragem e confiança que ganharam. Terminada a batalha, depois dos inimigos disper¬sarem, o general mostrou aos seus soldados a moeda que tinha lançado ao ar: tinha cara dos dois lados.
A vitória foi possível porque em cada soldado existia uma convicção interior de que a vitória era possível. Se iniciassem a luta com o sentimento negativo da derrota, certamente que perderiam.
O nosso pensamento positivo tem uma grande força. Necessitamos dele todos os dias para vencermos as pequenas e as grande batalhas da vida. Se iniciamos uma actividade já com a con¬vicção da derrota, seremos mesmo derrotados. Se a iniciamos com a audácia de vencer, será mais fácil alcançar a vitória.
Cada vez entendo melhor Mt. 21,20-22: “Em verdade vos digo: Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que Eu fiz a esta figueira, mas, se disserdes a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, assim acontecerá. Tudo quanto pedirdes com fé, na oração, haveis de recebê-lo”
Como está a minha fé?

2 comentários:

Anônimo disse...

Padre Sérgio,

Quantas vezes colocamos essa pergunta? Quantas vezes queremos mesmo saber a resposta? Quantas vezes já ouvimos alguém dizer "eu cá tenho a minha fé"?
E o que é isso de fé?
A minha avó costumava dizer que aquilo que nos salva é a fé e não o pau da barca. E ela tinha razão.
É pela fé em Jesus que nos salvamos e pela fé que poderemos salvar (Act. 3, 16). Ainda que nada tenhamos que dar ao nosso próximo, em bens materiais, podemos sempre rezar com ele e por ele, pois o Senhor nos ouvirá e tudo o que lhe pedirmos pela oração, Ele nos dará. Confiemos n'Ele sempre, pois Ele liberta-nos de todo o mal, de toda a angústia e opressão. Temos que manter Jesus sempre na nossa barca.

Somos provados constantemente, renovados em Cristo mas pela fé permaneceremos unidos.

Paula

Fátima disse...

Para refletir:


Senhor,

A minha sorte está nas tuas mãos,
e não no meu baralho de cartas.

A minha fé nasceu do teu amor,
e não das minhas certezas.

O meu destino é seguir as tuas etapas,
e não alcançar as minhas metas.

A minha herança é merecer a tua promessa,
e não alimentar a minha cobiça.

O meu discurso está nas tuas palavras,
e não nos meus argumentos.

A minha segurança está na tua lei,
e não nas minhas armas.

O meu código genético está no sexto dia da tua criação,
e não no ADN da minha ciência.

A minha esperança é o teu Reino,
e não o meu.

( Frei Manuel Rito Dias)