sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sagrada Familia...



A Sagrada Família é, ainda, uma família que obedece a Deus… Diante das indicações de Deus, não discute nem argumenta; mas cumpre à risca os desígnios de Deus… E é precisamente o cumprimento obediente dos projectos de Deus que assegura a esta família um futuro de vida, de tranquilidade e de paz. A nossa família aceita com serenidade os esquemas e a lógica de Deus e percorre, com confiança, os caminhos de Deus?
O exemplo deixado para hoje é o da Sagrada Família…

ALGUÉM CONTAVA….
Um casal como tantos outros, estava a passar por dias difíceis…
Ela estava muito cansada. Todos os dias era a mesma coisa: filhos, roupas para lavar, compras no supermercado, prazos para cumprir, amigos a pedir conselhos, o telefone que não parava de tocar. Ela sentia-se abatida e exausta....
Ele andava irritado. O dia tinha sido difícil... Depois de uma hora preso no trânsito, ele encontrou os filhos a pedirem-lhe atenção, uma lista de pacientes para quem precisava de telefonar e um monte de contas para pagar…
Nas primeiras horas da noite, ambos se esforçaram para não gritar, tentando controlar os nervos...
De repente, alguma coisa insignificante acelerou o processo de descontrole. Ambos começaram a levantar o tom da voz. Sem querer, estavam a trocar palavras ofensivas. Assuntos que nem eram importantes e que foram trazidos à baila. Mágoas passadas foram revividas. Mágoas guardadas e nunca perdoadas. Uma simples conversa transformou-se numa discussão quente. Quando estavam aos gritos, a porta do quarto abriu-se. Lentamente. Silenciosamente. Uma mãozita esgueirou-se pela fresta e colocou alguma coisa na porta.
Imediatamente, a mãozita desapareceu e a porta fechou-se.
Curiosa, ela levantou-se para investigar. Preso na porta com fita adesiva estava um pequeno coração de papel pintado de vermelho, que dizia: “Eu amo a mamã e o papá”.
O Tó, o filho mais novo de oito anos, ouviu a discussão e estava fazer a sua parte pela paz da família.
Dizem que ela começou a chorar e ele corou…. Marido e mulher olharam-se, e arrependidos por terem deixado que as suas emoções prejudicassem seu lar. De repente, já nem se lembravam do que estavam a discutir, quando o pequeno Tó colocou um coração de papel na porta do quarto…Mas eles resolveram deixá-lo colado ali para se lembrarem nos dias futuros.


Hoje somos convidados a reflectir e pensar na família…
A Família, deve-se caracterizar como a primeira e mais determinante escola da tolerância, do diálogo, da compreensão e, por conseguinte, do Amor…
O Amor, não como mero símbolo poético, mas como seiva em movimento, vivo e só tem sentido quando vivido numa dinâmica de renovação, que se adapta sem deixar de ser o que é: alimento que se dá e se recebe. O Amor é construído no quotidiano das “coisas” simples e, quantas vezes não visíveis, tal como a simplicidade da seiva bruta que pouco ou mais transporta do que água e sais minerais. Numa árvore não vemos a seiva, sem a qual ela não vive, tal como nas Famílias, o Amor tem de existir mesmo sem dar nas vistas, sem a exuberância de gestos e atitudes. O Amor, na Família, é como silencio que fala ou voz ou gosto discretamente presentes.
Será que por palavras…gestos…ou atitudes…hoje nós temos a coragem de dizer: “ Pai…mãe…amo-vos”?

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