quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sexta Feira-Santa....

Podemos perguntar: será que entendemos a dor de uma mãe que vê tudo o que fizeram ao seu Filho e mesmo injustamente o mataram…que sentirá uma Mãe que vê a multidão a matar o Filho…que sentirá uma Mãe que vê o Filho morrer na cruz…que sentirá uma Mãe…estava a Mãe dolorosa (como cantamos)…a Mãe da dor e da saudade…
É uma típica tarde de sexta-feira e está a regressar a sua casa. Sintoniza o rádio. As notícias falam de coisas sem importância. Numa cidade pequena e distante morreram 3 pessoas de uma gripe até então, totalmente desconhecida. Não prestas atenção ao acontecimento.
Na segunda-feira quando acordas, escutas que já não são 3, mas 30.000, as pessoas mortas pela tal gripe, nas colinas remotas da Índia. Um grupo do Controle de Doenças dos EUA foram investigar o caso.
Na terça-feira, já é a noticia mais importante, está na primeira página de todos os jornais, porque já não é só na Índia, mas também no Paquistão, Irão e Afeganistão. Chamam a doença de "La Influenza Misteriosa" e todos perguntam: “Que faremos para controlá-la?” Então, uma notícia surpreende toda a gente. A Europa fecha as suas fronteiras…depois os EUA e o Japão. Mas um doente aparece num hospital da França. Começa o pânico... o vírus espalha-se por todo o mundo. As informações dizem que quando se contrai o vírus, em quatro dias de sofrimento, morre-se! O mundo todo assiste sem nada poder fazer… milhares de pessoas a morrer.... As igrejas começam a encher de fervorosos…multiplicam-se as orações a pedir a descoberta da cura, enquanto os cientistas continuam a trabalhar na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.
De repente, vem a notícia esperada: Conseguiram decifrar o código de ADN do vírus. É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus. Corre por todo o mundo a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise do seu sangue e doá-lo para a fabricação do antídoto.
Tu vais voluntário com a tua família…todos perguntam, o que acontecerá? Será este o fim do mundo? De repente o médico grita um nome... o teu filho mais novo está ao teu lado, agarra na tua camisa e diz-te: “Pai? Esse é o meu nome!” E antes que possa pensar, levam o teu filho e gritas: “Esperem!” E eles respondem: “Está tudo bem! O sangue dele está limpo, é sangue puro. Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto.”
Depois de 5 longos minutos, saem os médicos a chorar e a rir ao mesmo tempo. O médico mais velho aproxima-se e diz: “Obrigado senhor! O sangue do seu filho é perfeito, está limpo e puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado. A notícia espalha-se por todos os lados. As pessoas rezam e riem de felicidade.
Entretanto o médico aproxima-se de ti, e da tua esposa e diz: “Podemos falar um minuto? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que os senhores assinem uma autorização para usarmos o sangue do vosso filho.”
Começas a ler e percebes que não dizem qual a quantidade de sangue que vão usar e perguntas: “Qual a quantidade de sangue que vão usar?” O sorriso do médico desaparece e ele responde: “Não pensávamos que fosse uma criança. Não estamos preparados, precisamos de todo sangue do seu filho!”
Não podes acreditar no que ouves e começas a contestar: “Mas… mas...” – O médico insiste: “O senhor não compreende? Estamos a falar de uma cura para toda humanidade!!! Por favor, assinem! Nós precisamos do sangue todo. Assinem. Por favor, assinem!”
Em silêncio, e sem sentires a caneta na tua mão, assinas.
Perguntam: “Quereis ver o vosso filho?” Caminhas na direcção da sala de emergência onde se encontra o teu filho amado, sentado na cama e diz: “Papá!? Mamã!? O que está a acontecer?” Seguras-lhe a mão e dizes: “Filho, tua mãe e eu amamos-te muito e jamais permitiríamos que te acontecesse algo que não fosse necessário, entendes?” O médico regressa e diz: “Sinto muito senhor, precisamos começar, o mundo inteiro está a morrer... pode sair?” Ao saíres, o teu filho pergunta: “Papá? Mamã? Porque me abandonam?”
E na semana seguinte, quando fazem uma cerimónia para honrar o teu filho, algumas pessoas ficam em casa a dormir, outras não vêm porque preferem fazer um passeio ou ir ao futebol, ou ver televisão e outras vêm com um sorriso falso, como se realmente nem se importem, outras vêm mas só para ver como o pessoal vem vestido. Tens vontade de parar e gritar: “ O MEU FILHO MORREU POR VÓS!!! NÃO VOS IMPORTAIS COM ISSO? É ASSIM QUE AGRADECEIS?”
Se calhar agora posso perguntar: será que entendemos a dor de uma mãe que vê tudo o que fizeram ao seu Filho e mesmo injustamente o mataram…que sentirá uma Mãe que vê a multidão a matar o Filho…que sentirá uma Mãe que vê o Filho morrer na cruz…que sentirá uma Mãe…estava a Mãe dolorosa (como cantamos) …a Mãe da dor e da saudade…
Pensa: Podemos imaginar o coração de Maria???
Talvez isso é o que Maria nos diz agora: “ O MEU FILHO MORREU POR VÓS!!! NÃO SABEIS DAR VALOR?
E SE IMAGINARMOS MARIA A OLHAR O NOSSO COMPORTAMENTO QUANDO VAMOS HOMENAGEAR O FILHO (MISSA DOMINICAL)???
…Afinal com nós fazemos o mesmo…

4 comentários:

Nuno Pinheiro disse...

Ao ler, fiquei sem palavras!

Páscoa Feliz.
blog-do-pinhas.blogspot.com

mfn disse...

Que esta Páscoa desperte em nós, cristãos, desejo de vida nova, de modo que, ao olharmos a cruz, sintamos que Alguém morreu por nós.

Quanto à história, ainda me lembrava dela. Mesmo assim, senti um "bac" no coração. Como mãe, não pude ficar indiferente.

Votos de uma Santa Páscoa

Mafalda disse...

Grande texto.De ficarmos sem respiração.É isso mesmo que se passa.Santa Páscoa
Abraço

Unknown disse...

São tristes esses momentos quando lembramos o quanto Ele sofreu por nossos pecados. Mas não podemos nos esquecer que ao terceiro dia ELE ressuscitou dos mortos e hoje vive em cada pessoa que o recebe como Senhor e Salvador e tem consequentemente a Vida Eterna.

Romanos cap. 10:9 "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor e em teu coração creres que Ele ressuscitou dos mortos, serás salvo".