segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Novos rumos...nova vida...nova aventura...

Olá caros amigos...depois de uma pequena paragem tenho vontade de voltar à carga...desta feita com novas histórias...histórias de vida, relatos, simples desabafos...porque a minha vida deu mais um salto, uma aventura nova, uma resposta nova, uma nova responsabilidade...e agora apartir de terras do "Gran Duque du Luxembourg"...pois é desde dia 23 de Janeiro encontro-me no Luxumburgo para trabalhar com a comunidade portuguesa, um emigrante no meios dos emigrantes...até breve...com novas...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A mensagem do Menino no presépio....

Nesta noite em que celebramos o nascimento de Jesus era importante que nós questionassemos se entendemos a mensagem do presépio, ou da manjedoura…mais do que olharmos apenas o presépio é preciso perguntarmos se não andamos há tanto tempo a olhá-lo sem que o entendamos…será que já alguma vez nos colocámos diante do presépio e perguntamos: “ o que será que Jesus nos quer dizer com isto?”
"Inicia a sua comunicação mostrando uma nota de € 50,00 novinha. Pergunta à assistência :“Quem quizer esta nota de € 50,00, levante o braço”Unanimidade na assembleia, todos ergueram o braço...Então disse: " Esta nota será de um de vocês hoje, mas antes de a entregar ao feliz contemplado,deixem-me fazer isto..."Então, amassou a nota nas mãos. E perguntou outra vez:“Alguém ainda quer esta nota?"Todos levantaram novamente o braço...E continuou:"E se eu fizer isto ?..."Atirou a nota ao chão e pisou-a vigorosamente. Depois, apanhou a nota do chão, suja e amassada e perguntou: "E agora?...“Alguém ainda vai querer esta nota de € 50,00”? Todas os braços se voltaram a levantar. Voltou-se para a assembleia e disse isto merece uma explicação: "Não importa o que eu faça com esta nota, vocês continuarão a querer este dinheiro, porque a nota não perde o seu valor. Esta situação também acontece connosco... Muitas vezes nas nossas vidas somos amassados, pisados e ficamo-nos a sentir diminuídos e sem importância. Mas não importa, jamais perderemos o nosso valor. Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa !... Nada disso altera a importância que temos!... O valor das nossas vidas, não é pelo que aparentamos ser, mas, pelo que fazemos e somos” Podiamos imaginar Maria, José à procura de um sitio para ficar naquela noite…e os nãos que receberam…sentiram-se amassados, pisados diminuidos mas isso em nada alterou a sua importância! Jesus o Filho de Deus não teve lugar senão numa manjedoura…por isso Ele grita-nos do Presépio nós valemos pelo que somos… Precisamos de olhar com olhos de ver a palavra de Deus: “«Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura”… “ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz…”
Ás vezes olhamos á nossa volta e só vemos coisas más…
No nosso dia-a-dia precisamos de saber olhar para a frente. Apesar das dificuldades, apesar de às vezes nos sentirmos reduzidos, rebaixados…Dizia o salmo: “ Cantai um cântico novo…hoje nasceu-vos um Salvador…”
Nesse menino de Belém, Deus grita-nos a radicalidade do seu amor por nós.
Porque para Deus nós somos muito importantes.
Pensemos agora nas “testemunhas” do nascimento: os pastores. Trata-se de gente considerada violenta e marginal, que invadia com os rebanhos as propriedades alheias e que tinha fama de se apropriar da lã, do leite e das crias dos rebanhos. Os pastores eram, com frequência, colocados ao lado dos publicanos e dos cobradores de impostos, todos incapazes de reconhecer a quem tinham prejudicado e, portanto, incapazes de oferecer uma reparação. Lucas coloca, precisamente, estes marginais como as “testemunhas” que acolhem a chegada de Jesus ao mundo. É para estes pecadores e marginalizados que a chegada de Jesus é uma “boa notícia”, recebida com alegria: chegou a salvação/libertação; a partir de agora os pobres, os débeis, os marginalizados e os pecadores são convidados a integrar essa comunidade dos filhos amados de Deus. Sugere-se que Deus não os rejeita nem marginaliza, mas quer apresentar-lhes uma proposta de salvação que os leve a integrar a comunidade da Nova Aliança, a comunidade do Reino. Eles, os pastores são muito importantes…
Pensem comigo e procurem na vossa memória:
1 – O nome das 5 pessoas mais ricas do mundo. Não sei…
2 – O nome das 5 últimas vencedoras do concurso Miss Universo.TB
3 – O nome de 10 vencedores do prémio Nobel.
4 – O nome dos 5 últimos vencedores do Óscar para o melhor actor.
Então? Difícil, não?... Não nos lembramos???... Não se preocupem. Nenhum de nós se lembrará dos melhores de ontem. Os aplausos valem no momento! Os troféus enchem-se de pó! Os laureados são esquecidos!Agora,façam o seguinte :
1 – O nome de 3 professores que contribuiram para a vossa formação.
2 – O nome de 3 amigos que já vos ajudaram em momentos difíceis.
3 - Pensem em algumas pessoas que já vos fizeram sentir “alguém especial”.
4 – O nome de 5 pessoas que compartilham do teu tempo.
E agora? A coisa já está a melhorar, não é verdade? As pessoas que marcam a nossa vida não são as que têm as melhores credenciais, as que têm mais dinheiro, ou as que obtiveram os melhores prémios... São aquelas que se preocupam connosco, que cuidam de nós, aquelas que, de algum modo, estão ao nosso lado.
A presença libertadora de Jesus neste mundo é uma “boa notícia” que devia encher de felicidade os pobres, os débeis, os marginalizados, e dizer-lhes que Deus veio ao seu encontro para lhes propor a salvação/libertação. É essa a proposta que nós, os seguidores de Jesus, passamos ao mundo? Nós, Igreja, não estaremos demasiado ocupados a discutir questões laterais (poderiam abundar exemplos…), esquecendo o essencial (o anúncio libertador aos pobres)?

Ps. Com votos de um santo e feliz Natal...porque para Deus nós somos muito importantes...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

IV Domingo do Advento...

Ás vezes nós não temos esta capacidade de olhar para os outros, de estarmos atentos aos outros, de partilharmos com os outros o que temos em abundância e construirmos o reino de paz e amor…

As duas vizinhas e o reino de paz e amor

Alguém contava que havia duas vizinhas que viviam sempre em pé de guerra. Não podiam encontrar-se na rua que era discussão na certa.
Um dia depois de terem ido á missa em que o padre falava do reino de paz e amor em que todos partilhavam o que tinham em abundância…a Dona Maria decidiu falar com a Dona Laurinda.
Um dia encontrarem-se na rua, muito humildemente, disse dona Maria: -“ Ó Dona Laurinda, já há anos que andamos zangadas e sem nenhum motivo aparente. Eu proponho que façamos as pazes e vivamos nesse reino de paz e amor que o senhor padre falou no Domingo”.
A Dona Laurinda, estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando... “- Essa dona Maria não me engana, ela quer preparar alguma e eu não vou deixar. Vou mandar-lhe um presente para ver sua reacção”.
Chegou a casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca. E pensava: "Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse 'maravilhoso' presente. ". Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente".
Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou. Pensou: “- Que ela está a propor com isso? Não quererá fazer as pazes? Bem….vou esquecer”. Algum tempo depois dona Laurinda atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.
Pensou: - “É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me arranjou?”
Qual não foi a sua surpresa, ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem: "Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. Que bom este reino de paz e amor…Afinal, o padre tinha razão, cada um dá o que tem em abundância na sua vida".
Depois de tudo isto…era importante perguntarmos: De que maneira procuramos nós construir esse reino de paz e amor?
Maria deu-nos um exemplo….e nós não podemos esquecer que cada um dá o que tem em abundância na sua vida.

III Domingo do Advento...

“Que devemos fazer?” Esta questão é posta três vezes a João Baptista, pelas multidões, pelos publicanos, pelos soldados. João não parece ser muito exigente nas respostas. Nada de extraordinário. Não pede para saírem do real das suas vidas. Por exemplo, exorta as multidões à partilha com os mais pobres. Hoje, dir-nos-ia para transformarmos a festa comercial do Natal numa ocasião de partilha mais generosa. A atenção ao dia-a-dia sugerir-nos-á como partilhar! Não são necessárias coisas extraordinárias. Basta deixar iluminar pela Boa Nova de Jesus a nossa vida de todos os dias…

O Imperador Chinês
Alguém contava que um imperador chinês, fora avisado a respeito de uma revolta que se desenvolvia numa das províncias do seu império, disse aos ministros do seu governo e aos chefe militares que o cercavam:
- Vamos. Sigam-me. Destruirei os meus inimigos imediatamente.
Quando chegaram ao local, o imperador tratou-os com tanta brandura e amabilidade que, em gratidão, todos se submeteram a ele voluntariamente.
Os que acompanharam o imperador pensavam que ele a iria ordenar a execução de todos os rebeldes, mas ficaram surpreendidos ao vê-lo tratando-os com tanto carinho e afecto. O primeiro-ministro, intrigado com a atitude do imperador, perguntou:
- É desta forma que Vossa Excelência cumpre sempre a sua ameaça? Não nos disse no início que viríamos aqui para vê-lo destruir os seus inimigos? E prosseguiu:
- Ora, a única atitude que tomou foi a de amnistiá-los com um gesto humanitário... Estamos todos estarrecidos com o perdão, sobretudo, com o carinho que premiou a cada um dos revoltosos.
Depois de ouvir atenciosamente a censura do seu ministro e ainda outras tantas críticas feitas pelos demais auxiliares, o imperador, sereno e tranquilo, com ar de generosidade, disse-lhes:
- Sim, lembro-me que prometi solene e decididamente destruir todos os meus inimigos. Mas agora eu pergunto: vêem aqui algum inimigo meu? Certamente que não, pois todos ficámos amigos.
Essa é uma verdade sem contestação. Podemos destruir os inimigos pela força, pela violência, pela soberania. Entretanto, feito isto, não há dúvidas, muitos outros inimigos nascerão em face da atitude prepotente. Todavia, quando se procura ganhar um inimigo com gestos de amor, de compreensão e bondade, concerteza surgirão muitos outros amigos que, atraídos pela experiência vivida pelo semelhante, também se deixam transformar, seguindo o exemplo de amor e perdão em relação aos inimigos.
O amor provoca a própria conversão…
Podemos não ter nada para partilhar…mas temos muito para amar… O que renova o mundo e o transforma não é o medo, mas o amor.
Será que ainda somos capazes de perguntar: “ que devemos fazer?

II Domingo do Advento...

João Baptista, o último dos profetas da Antiga Aliança, é ao mesmo tempo o precursor do Salvador, prepara o caminho da sua vinda, convida os homens a preparar o seu coração para acolher Aquele que vem fazer novas todas as coisas, Aquele que vem mudar a paisagem do mundo e, sobretudo, o coração do homem.
Esta preparação deve ser antes demais apartir de cada um. Eu devo preparar o meu coração…

Alguém contava que num mosteiro um frade que se irritava com facilidade. O Superior chamou-o à atenção e ele desculpou-se:
-“ A culpa é dos outros. Eles fazem coisas que me irritam. Não os consigo suportar. Até já pensei em ir fazer a experiência de viver sozinho.”
O Superior concordou. E o frade foi viver sozinho numa cabana que havia na quinta do mosteiro.
No primeiro dia ele dizia para consigo:
-“ Agora é que eu me sinto em paz. Encontrei a alegria. Ninguém me chateia”.
No dia seguinte, ao ir buscar um balde de água ao poço, entornou o balde e disse: -“ Paciência”. Tirou novamente água e dirigiu-se para a cabana. Ao entrar voltou a entornar o balde. Irritado exclamou: -“ Maldição”.
Voltou ao poço, enche o balde pela terceira vez e regressou. Mas como estava nervoso, tropeçou e caiu com o balde. Da sua boca saíram vários palavrões seguidos. O Superior que estava perto abeirou-se a ajudá-lo a levantar e perguntou: -“ Não vi mais ninguém. Quem te chateou desta vez?”
Conseguiu chegar á conclusão que o defeito não estava nos outros mas em si próprio. Foi pedir perdão e começou por se corrigir a si mesmo, sem culpar mais ninguém.
Assim nós para melhor acolhermos o dom de Deus devemos em primeiro lugar mudar o nosso coração e depois ajudar a mudar o coração dos outros.




“ TODA A GENTE PENSA EM MUDAR A HUMANIDADE, MAS NINGUÉM PENSA EM MUDAR-SE A SI MESMO”.
(Leon Tolstoi)

I domingo advento...

Hoje somos convidados, como Jeremias a sermos profetas da esperança, a infundir coragem, a ajudar os irmãos a descobrir em todas as situações uma forma de recuperar e reconstruir a vida, quando tudo parece perdido. Diz o povo: “ Enquanto há vida…há esperança”.



Um homem investiu tudo o que tinha numa pequena oficina. Trabalhava dia e noite, inclusive, até dormia na própria oficina. Para poder continuar os negócios, empenha as próprias jóias da esposa.
Foi apresentar o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa. Dizem-lhe:” Temos pena, mas o seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido”. Que iria fazer este homem??? Desistir? Não!
Voltou à escola por mais dois anos, onde é gozado pelos colegas e até alguns professores que o chamam "visionário". O homem fica chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.
Vem a guerra, a sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo grande parte destruída. O homem desespera e desiste? Não! Reconstrói a fábrica, mas um terramoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!
Após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entra em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".
A encomenda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa nova invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a ideia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: Hoje a HONDA CORPORATION é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, o seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
Tudo isto por uma grande razão:” Enquanto há vida há esperança”.
“Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” – Quantas pessoas hoje caminham curvadas, desanimadas, pelo sofrimento, por terem perdido a esperança…a mulher abandonada pelo marido, os pais desiludidos com as opções dos filhos…O Advento é o tempo que prepara a libertação.
“ ERGUEI-VOS E LEVANTAI A CABEÇA”…

domingo, 1 de novembro de 2009

Todos os Santos...

“Os santos foram o que nós somos, e nós podemos ser o que eles são”.
(S. António M. Claret)