sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Pastor Bom....


Todos nós temos as nossas figuras de referência, os nossos heróis: Dos cowboys lembro o Jonh Wayne, dos desenhos animados o Bell, o Tom Sawyer, Dartacão, os nossos Professores que nos marcaram, os nossos modelos desde o futebol ao cinema. É a uma figura desse tipo que, utilizando a imagem do Evangelho do 4º Domingo da Páscoa, poderíamos chamar o nosso “pastor”… É Ele que nos aponta caminhos, que nos dá segurança, que está ao nosso lado nos momentos de fragilidade, que condiciona as nossas opções, que é para nós uma espécie de modelo de vida. O Evangelho deste domingo diz-nos que, para o cristão, o “Pastor” por excelência é Cristo. É n’Ele que devemos confiar, é à volta d’Ele que nos devemos juntar, são as suas indicações e propostas que devemos seguir.
O nosso “Pastor” é, de facto, Cristo, ou temos outros “pastores” que nos arrastam e que são as referências fundamentais à volta das quais construímos a nossa existência? Quem condiciona a nossa maneira de ser? Agimos e pensamos segundo o que os outros dizem? O que é que nos conduz e condiciona as nossas opções: Jesus Cristo? As directrizes do chefe do departamento? A conta bancária? A voz da opinião pública? A perspectiva do presidente do partido? O comodismo e a instalação? O êxito e o triunfo profissional a qualquer custo? O herói mais giro da telenovela? O programa de maior audiência da Televisão?
O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-lo no caminho do amor e da entrega…porque ele conhece as ovelhas e elas conhecem-NO.

Hoje celebramos também o dia da mãe: ser mãe é tarefa nada fácil mas é também chamamento e missão, por isso hoje lembramos todas as mães e pedimos a Deus a Sua bênção.

Alguém contava que um garoto pobre, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que o embrulhe para presente.
- É para minha mãe - diz, com orgulho.
O dono da loja ficou comovido diante da simplicidade daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo. Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, indeciso, ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja. Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.
O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar. Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão. O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava seu conflito mental. Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e, muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe.
Quando conseguiu emprego, ela já havia falecido. O garoto, com aquele gesto, estava a deixar emocionado o dono da loja. Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete? Impaciente, ele perguntou:
- Senhor, está a faltar alguma coisa?
- Não - respondeu o dono da loja - é que, de repente, lembrei-me de minha mãe, que morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.
Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino:
- Nem um sabonete?
O homem calou-se. Pensou um pouco e desistiu da ideia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês, sem responder mais nada.
A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo tão pequeno e simples a sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra, e pensara em melhorar o presente daquele garoto. Comovido, entendeu que, naquele dia, tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!
E tu já ofereceste algum sabonete à tua Mãe????

3 comentários:

Nuno Pinheiro disse...

A história é fantástica.
Mas, não, nos, devemos lembrar da nossa mãe, só no seu dia.
O amor não se constrói num só dia.
É nos pequenos "nadas", do dia à dia, que se vai consolidando, o amor a amizade, etc...
Descobri uma frase fantástica:
" Mãe, és a melhor avó do mundo. Amamos você"

Lembrem-se dela todos os dias.
As vezes, um sorriso é suficiente.

mfn disse...

Poderei dizer que, também o Sr. Padre foi uma figura de referência para mim. Com o seu modo de evangelizar, mostrou-me que Jesus Cristo nos ama tal como somos, eliminando aquela ideia deixada pelo seu antecessor, em que, Jesus Cristo mais parecia estar sempre à espreita, à espera de nos ver pisar o risco para depois nos castigar...

Hoje, é também o meu dia!
De facto, de todas as alegrias e experiências da vida de uma mulher, a maternidade é a mais extraordinária. Recebi muitos miminhos, mas, também dei.
Logo pela manhã, recebi a seguinte mensagem: "Com tantas mães no mundo, logo me havia de calhar a melhor". Palavras para quê?!
Também sou filha, não gostava de um dia sentir o mesmo do Sr. da loja. Amo a minha mãe de modo igual, hoje como ontem e espero tê-la comigo amanhã e se possível, a cheirar a sabonete, todos os dias...

mfn disse...

Suponho, que o meu padre de referência, é hoje, aniversariante.
PARABÉNS!!!Que Deus continue a abençoá-lo cada ano que passa, e que, os partilhe connosco durante muito tempo.

Um abraço!