quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Baptismo...missão (im)possivel...


No dia do nosso baptismo recebemos uma mensagem…como no filme missão impossível que terminava a dizer :"esta é a tua missão se a aceitares"…hoje é importante perguntar…depois de tantos anos, será que aceitei a missão???
Ah...pois...se calhar não me lembro desse dia...se calhar nem sei que dia foi...se calhar não me quero lembrar...há coisas mais importantes...

Já agora...em que dia fui baptizado?

“É mais importante a capela onde fui baptizado que a Catedral onde fui coroado”

São Luís de França

5 comentários:

Anônimo disse...

O Baptismo de cada um de nós é vivido consoante os valores que nos foram transmitidos e a sociedade em que estamos inseridos.
Quando eu era criança, quer fosse por ideologia dos meus pais ou da imposição do regime político de então, fui habituada a ir à missa ao Domingo e logo de seguida à catequese, para que não houvesse hipótese de fuga.
Antes das aulas rezávamos, bem como, antes das refeições. "Obrigado Senhor, pelo alimento que vamos tomar que ele sirva para melhor Vos servir e amar". Era assim, em família. Agradecíamos o pouco que tínhamos. Na escola, por nos considerarmos todos filhos do mesmo Deus, éramos mais amigos e menos egoístas, porque ninguém tinha nada. E éramos felizes... Ninguém sofria de stress nem depressão. Levei muitas reguadas da professora e muitos tabefes do pai, às vezes injustamente.
Hoje, os jovens têm tudo em excesso, até protecção. Se um pai bate num filho porque foi malcriado, pode ser processado por violência e maus tratos; se
um professor castiga um aluno por um comportamento menos correcto, vê-se com um processo em cima, porque castigar é anti-pedagógico.
Catequese? 10 anos é muito tempo. Um rapaz com borbulhas, voz rouca e barba, fica mal na catequese e ainda por cima gozado pelos colegas. Uma rapariga com corpo torneado e peitos proeminentes, não está nada interessada na catequese. Há outras "cenas" mais interessantes...
Quando chega a altura de assumiremm o seu Baptismo conscientemente pela Confirmação, há muito que abandonaram a catequese,ou então, ainda se mantêm, para que possam vir a ser padrinhos um dia. Aqueles jovens ditos normais, passaram a anormais. Se forem educados, obedientes, amigos, etc... são logo apelidados de filho da mamã, maricas, tótó e por aí fora.
O Baptismo deixou de ser um compromisso assumido pelos pais e padrinhos, valendo sómente pela festa em si. Os pais deixam de ser vistos na igreja, aparecendo mais tarde por altura da 1ª Comunhão.
Mas, há excepções. Ainda há pais que educam e transmitem os valores cristãos aos filhos. São poucos, mas tenho a certeza que são bons.
É com estes que podemos contar para que haja um equilíbrio na sociedade.
Ops...alonguei-me.

MFN

Nuno Pinheiro disse...

Alongou-se e muito. Mas, escreveu bem. (relativamente ao comentário de MFN).
É verdade que quando somos baptizados, ainda não temos vontade própria. Mas cabe aos nossos familiares ajudarem-nos a aceitar a nossa missão e a seguir pelo melhor caminho. Hoje em dia a maioria dos pais não têm tempo, ou não querem ter, para educar, brincar ou apenas conversar. No dia à dia é sempre a correr, desculpas. Depois quando os pais quiserem um bocado do tempo dos filhos são eles que não querem. Mas como diz MFN, existem sempre excepções.
Nuno Pinheiro


Há já me esquecia. O dia do meu baptizado não sei e como é lógico, não me lembro, mas foi na bonita Igreja da freguesia de São Pedro (Manteigas). Coincidências.

simples peregrino disse...

Numopi o dia do seu baptismo foi a 20 de Setembro de 1970...rsrsrsrsrs nesse dia recebeu a dita mensagem:" Esta é a tua missão, se a aceitares..." Um abraço

Anônimo disse...

Ah! Esqueci-me de responder à questão colocada, o dia do meu Baptismo.
Foi há muito, muito tempo. Tanto, que nem lembro desse dia. Segundo o registo deixado na minha cédula pelo Sr. Prior (era assim que fazia questão de ser tratado) foi no dia 29 de Setembro do ano do meu nascimento. Tinha eu 2 meses...Essa coisa do Limbo, sempre a assustar os pais.
Ainda sem ter a cabeça no sítio porque ainda tombava para o lado e os olhos mal abertos para não enxergar tamanha responsabilidade por parte dos meus pais.
Uma curiosodade: o vestido e a touca do meu baptizado, vesti-os quando tinha 5 anos (disto lembro-me, não sei como coube lá dentro) para entrar numa peça de teatro em que fazia de pintaínho. A minha mãe cozeu uma crista vermelha na touca branca e já estava o "pito" feito. Da mãe galinha não me lembro.
Só sei que os papéis se inverteram e na realidade, passei para mãe- galinha, com os meus pintaínhos sempre debaixo das minhas asas para os proteger.
Agora, já passaram à fase de frangos e começam a ficar de fora. As minhas asas já são pequenas.
Quem me dera ficar com eles sempre por perto para os poder encher de bicadinhas.
Faz parte da missão!

Nuno, voltei a alongar-me, para a próxima, prometo ser breve ( se conseguir).

MFN

Nuno Pinheiro disse...

MFN, a "conversa" é como a sardinha. O mal é começar. E nunca é demais quando estamos com amigos. Quanto aos filhos. É fantástico, podermos acompanhar o seu crescimento. Uma das nossas missões é ensiná-los a "voar". Tive e tenho a sorte de ter uns pais que souberam transmitir os seus ensinamentos (apesar de, eu, já saber "voar", eles sabem que a sua missão ainda não terminou). Eu tento, (penso que tenho conseguido) todos os dias fazer o mesmo com a mais nova. Não é uma missão fácil. Mas só sabemos dar valor aos bons momentos, quando temos dias menos bons. E nos filhos as alegrias, compensam em muito as tristezas.
Como um amigo já disse (Padre Sérgio). "Temos que dar valor ao que é realmente importante e não ligar ao acessório."
Nuno Pinheiro